quarta-feira, 20 de maio de 1992

UNESCO faz apelo pela preservação do patrimônio histórico do Afeganistão.

AFEGANISTÃO
Com a volta do Talibã ao poder, especialistas temem pela segurança de monumentos 
e sítios arqueológicos
Por: HISTORY Brasil

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) fez um apelo à comunidade internacional pela preservação do patrimônio histórico do Afeganistão. Com a volta do Talibã ao poder, especialistas temem pela segurança de monumentos e sítios arqueológicos. Em 2001, o grupo radical destruiu duas gigantescas estátuas de Buda esculpidas no século VI (o objetivo da ação foi apagar a herança pré-islâmica do país).

Patrimônio cultural do Afeganistão em risco

O Museu Nacional do Afeganistão, cujo acervo tem 800 mil peças, e o Museu de Arte Islâmica de Ghazni são alguns locais que estão em risco. A UNESCO se preocupa ainda com a preservação de Patrimônios Mundiais, como o Minarete de Jam e o sítio arqueológico do Vale de Bamiyan. A segurança das pessoas que trabalham nesses lugares também é motivo de preocupação.


Um dos Budas destruídos pelo Talibã em 2001

“A UNESCO está acompanhando de perto o desenrolar dos acontecimentos no Afeganistão e coordena suas ações com as agências parceiras dentro do sistema da Organização das Nações Unidas para garantir a segurança dos funcionários”, disse Thomas Mallard, assessor de imprensa do órgão. "O patrimônio rico e diversificado no território do Afeganistão é de valor excepcional para a humanidade. E esse patrimônio deve ser preservado", completou ele, em entrevista à agência de notícias russa Tass.

Além da UNESCO, outras organizações internacionais de patrimônio e cultura que operam no Afeganistão estão alarmadas com a situação. O British Council, por exemplo, diz que todos os seus projetos de patrimônio no país foram suspensos e seu escritório em Cabul foi fechado. Uma fonte anônima disse ao site The Art Newspaper que funcionários do Museu Nacional do Afeganistão vêm escondendo parte do acervo em locais seguros, temendo a ação do Talibã. 

Fontes: Tass e The Art Newspaper

Imagens: iStock.com

UNESCO IMPLORA PELA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DO AFEGANISTÃO

Em comunicado, a organização relembrou a destruição de Budas há vinte anos pelo Talibã

LUÍZA FENIAR MIGLIOSI PUBLICADO EM 19/08/2021

Tesouros Antigos do Afeganistão
Tesouros Antigos do Afeganistão - Getty Images

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) fez um apela à comunidade internacional pela preservação do patrimônio histórico do Afeganistão. Devido o retorno do Talibã, especialistas se preocupam com a segurança dos monumentos e sítios arqueológicos.

Em comunicado, foi relembrada a destruição deliberada dos Budas Bamiyan - duas gigantescas estátuas esculpidas no século VI - há vinte anos, com o intuito de apagar a herança pré-islâmica do país.

A Diretora-Geral da UNESCO, Audrey Azoulay “clama pela preservação do patrimônio cultural do Afeganistão em sua diversidade, em total respeito ao direito internacional, e por tomar todas as precauções necessárias para poupar e proteger o patrimônio cultural de danos e saques”.

Tesouros Antigos do Afeganistão | Crédito: Getty Images

 

A organização relatou que está acompanhando a situação e está empenhada em salvaguardar o patrimônio cultural do Afeganistão. Além disso, a UNESCO destacou que o ambiente deve ser seguro para o trabalho dos profissionais e artistas do patrimônio cultural do país.

“Isso inclui locais como a Cidade Velha de Herat, os locais de Patrimônio Mundial da UNESCO do Minarete e Restos Arqueológicos de Jam e a Paisagem Cultural e Restos Arqueológicos do Vale de Bamiyan, onde a UNESCO tem trabalhado por várias décadas, bem como museus, incluindo o Museu Nacional de Cabul”, concluiu em comunicado Thomas Mallard, assessor de imprensa do órgão.

O Museu Nacional do Afeganistão, que tem um acervo de 800 mil peças, e o Museu de Arte Islâmica de Ghazni são alguns locais em risco na conjuntura atual, assim como a preservação de Patrimônios Mundiais.

Trabalhadores tentam restaurar Budas de Bamiyan | Crédito: Getty Images

 

Além da UNESCO, outras organizações internacionais de patrimônio e cultura que atuam no Afeganistão estão inquietas com o cenário. O British Council relatou que todos os projetos de patrimônio no país foram suspensos e seu escritório em Cabul foi fechado.

O site The Art Newspaper publicou que uma fonte anônima afirmou que funcionários do Museu Nacional do Afeganistão vêm escondendo parte do acervo em locais seguros, temendo a ação do Talibã. 

fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/unesco-implora-pela-preservacao-do-patrimonio-historico-do-afeganistao.phtm

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