terça-feira, 29 de maio de 1990

Livro: As Escolas Históricas.


As Escolas Históricas.


Guy Bourdé e Hervé Martin.



IX. O MARXISMO E A HISTÓRIA

Karl Marx, nasceu em 1818, em Tréves, Alemanha, de família burguesa, judia e protestante. Escreveu para revistas, casou com Jenny vom Westphhalem em 1843. Amigo de Frederick Engels com quem tinha parceria intelectual. Morou em Londres com a família, recebeu ajuda muitas vezes do amigo Engels e com o passar dos anos adquiriu uma doença que levou-o a morte em 1883. Engels terminou o Capital, obra marcante de Marx.

ALGUMAS OBRAS DE MARX.

- A ideologia alemã. (1845-1846)
- Miséria da filosofia (1847)
- Manifesto do partido comunista (1848)
- O 18 Brumário de Luíz Bonaparte (1852)
- A Crítica da Economia Política (1859)
- O Capital (1867 - 1885 - 1894).

O MARXISMO.

Entendemos o marxismo como um conjunto de idéias, conceitos, teses e metodologia científica. Podemos ir mais longe, o marxismo é considerado uma concepção de mundo. A obra de Marx e Engels, portanto, se cristaliza como uma doutrina. O marxismo é classificado como teoria pelos próprios marxistas, o marxismo da Segunda e Terceira Internacional, o marxismo revisionista e ortodoxo, vulgar, duro, dogmático entre outras classificações. Nos limitamos à expor as ideias de Marx trazidas pelos autores Bourdé e Martin que são:

O materialismo histórico - Conceito difundido por Marx. No final do século XIX, o jovem Marx percebe que o pensamento dominante na sociedade da Alemanha e o que moldava as relações jurídicas era o direito à Propriedade. As relações jurídicas, tem portanto, suas raízes nas relações materiais de existência. Como estudioso, filósofo, redige em 1843 uma crítica da filosofia de direito de Hegel - afirmando que "O Estado não determina a sociedade civil", e sim, o Universo. Entre outras palavras, Marx acreditava que eram as condições materiais de vida numa sociedade que determinavam nosso pensamento e nossa consciência. Essas condições moldavam a evolução da história. A partir do materialismo histórico surge conceitos como:

Das forças produtivas: fontes de energia e matérias primas, as máquinas, conhecimentos científicos e técnicos, e trabalhadores; ou seja, forças produtivas materiais e humanas.

Relações de produção: Os autores Bourdé e Martin, afirmam ser "as relações sociais que os homens estabelecem entre si a fim de produzirem e de dividirem entre si os bens e os serviços" (pg.154). Exemplo: acumulação primitiva de capitais. Marx, acreditava que as forças econômicas numa sociedade eram as principais responsáveis pelas modificações em todos os outros setores. Isto explica como eram organizadas as sociedades, surgem os conceitos marxistas de modos de produção:

- Asiático e Antigo, modo de produção escravista;
- Feudal, modo de produção servil;
- Burguês e Moderno, modo de produção capitalista assalariado.

Marx define cada modo de produção pelas relações de produção que o subentendem. Crítica pág. 157 - LER

A exploração do operariado influencia o pensamento marxista, o que faz o materialismo histórico "postular" um determinismo social. As relações são determinadas pelo meio, não são livres!

Podemos concluir que para Marx o modo de produção numa sociedade determina que as relações políticas e ideológicas podem ser encontradas nelas mesmas.

A SOCIOLOGIA DAS CLASSES.

A conjuntura leva ao tema dos conflitos, a história das lutas de classes, ou seja, a discussão sobre à quem deveriam pertencer os meios de produção. Marx não inventou o conceito de classes, ele busca essa noção no socialismo Francês. Em todas as fases da histórias existe um conflito entre duas classes dominantes da sociedade. Como por exemplo o conflito entre senhores feudais e seus vassalos.

A obra "o manifesto" encontra-se a afirmação de que "a história de qualquer sociedade... é a história da luta de classes". A luta entre a classe dominante e a dominada. Já no livro III de O Capital, Marx determina as classes em função de sua posição no modo de produção capitalista.

CONCLUSÃO: O movimento socialista, baseado em Marx provocou grandes transformações, principalmente na luta pela igualdade social. Estes reflexos podemos visualizar na Europa com seu Estado de bem estar social do pós-guerra. Pelas revoluções ou não, a ideia de igualdade é perseguida.

BIBLIOGRAFIA:

BOURDÉ, Guy e MARTIN, Hervé. As Escolas Históricas. Men Martins (Portugual): Publicações Europa - América, 1990. Capítulo 9 (" O Marxismo e a História"), P. 157-176.


Por: Prof. Vanessa.

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