quinta-feira, 18 de janeiro de 1990

O Clima do Continente Americano.


Na maior parte da América do Norte, predominam os climas temperados e temperados frios. No extremo norte do Canadá, os invernos são muito rigorosos e longos com meses em que as temperaturas chegam a 30ºC abaixo de zero.
Na América Central e do Sul, predominam os climas quentes e úmidos, com temperaturas médias de 20ºC.
Fatores que influenciam no clima: LATITUDE, ALTITUDE, RELEVO, MARITIMIDADE, CONTINENTALIDADE, CORRENTES MARÍTIMAS e as MASSAS DE AR.
·        LATITUDE: Quanto maior a latitude, menor a temperatura, quanto menor a latitude, maior a temperatura;
·        ALTITUDE: Quanto maior a altitude, menor a temperatura, quanto menor a altitude, maior a temperatura;
Ao efeito da altitude pode somar-se o da latitude. Se um lugar é frio porque está próximo ao polo e se apresenta grandes altitudes, as temperaturas ficam ainda mais baixas. Pode também ocorrer o contrário: se um lugar é muito quente, porque está próximo ao equador, a temperatura pode ser amenizada pela altitude, tornando-se mais agradável, por exemplo, na América Central, devido à baixa latitude e presença de montanhas com três degraus diferentes de altitude, temos as seguintes variações climáticas:
ü Terras quentes: com altitudes até 1.000 metros – apresentado temperaturas elevadas e chuvas intensas durante todo o ano.
ü Terras temperadas: com altitudes até 2.000 metros – apresentando temperaturas médias entre 20ºC e 25ºC e chuvas abundantes.
ü Terras frias: com altitudes superiores a 2.000 metros – temperaturas médias inferiores a 20ºC e chuvas concentradas no verão.
·        RELEVO: Também tem grande influência no clima porque dependendo do posicionamento das montanhas, estas podem influenciar na direção dos ventos que podem ser desviados ou até mesmo barrados.
·        MARITIMIDADE: O efeito da maritimidade ocorre porque as grandes massas de água absorvem o calor durante o dia, transferindo-o para atmosfera ao entardecer. Assim os locais próximos apresentam maior umidade atmosférica e temperaturas mais amenas.
·        CONTINENTALIDADE: O efeito contrário da maritimidade é a continentalidade. Devido à grande extensão de terra distantes das massas de água estas não se beneficiam da amenização climática.
·        CORRENTES MARÍTIMAS: São verdadeiros rios que correm dentro dos oceanos, com características próprias. Também influenciam nos climas próximos a elas. As correntes mais importantes do continente americano são:
ü Corrente da Califórnia: É uma corrente fria, que passa pelo litoral da Califórnia em direção ao México. Quando os ventos úmidos e quentes que seguem do oceano para o continente passam sobre ela, tornam-se frios – ocorrem então chuvas rápidas e intensas que retiram do ar quase toda umidade, deixando esses ventos secos, tornando o litoral semi-árido;
ü Corrente do Pacífico Norte: Corrente quente que passa pelo litoral noroeste dos Estados Unidos e oeste do Canadá, determinando grande evaporação da água do mar e que torna o litoral mais chuvoso da América do Norte;
ü Corrente do Golfo: Corrente quente que sai do Golfo do México, ao sul dos Estados Unidos e se dirige para a Europa, tornando a região sudeste e península da Flórida árida, com maior umidade atmosférica e elevadas precipitações;
ü Corrente do Labrador: É uma corrente fria que passa pelo litoral nordeste do Canadá e penetra nas águas norte-americanas até a altura de Nova Iorque, determinando o congelamento dos mares e oceanos diminuindo a taxa de evaporação das águas e tornando os invernos dessa região muito secos;
ü Corrente do Brasil e Guianas: Ambas são quentes e provenientes da África. Passam por quase todo o litoral brasileiro. Como são correntes quentes atravessando regiões de elevadas temperaturas, o clima aí é de elevada umidade e precipitações abundantes.
ü Correte de Humboldt: Corrente fria que passa pelo litoral do Peru e do Chile, vinda da Antártida. Ocorre o mesmo fenômeno da Califórnia, tornando o litoral árido;
ü Corrente das Falklands: Corrente fria, também proveniente da Antártida. Passa pelo litoral sul da Argentina e contribui para a formação do deserto da Patagônia.

MASSAS DE AR: O clima também sofre influências pela passagem das massas de ar:
ü Massas Polares: No inverno penetram livremente no sentido norte - sul dos Estados Unidos, congelando em seu caminho as planícies centrais e fazendo as temperaturas caírem até 50ºC abaixo de zero, congelando os grandes lagos e as Cataratas do Niágara. Todo esse processo é facilitado pela continentalidade da região central da América do Norte e pela forma de relevo. Na América do Sul, as massas polares penetram pelo sul da Argentina e chegam ao Brasil sem encontrar obstáculos em seu caminho, pois toda a região é formada de planícies e baixos planaltos. Ao contrário da América do Norte, a temperatura não abaixa tanto e a ocorrência de neve é rara (só existindo na região serrana gaúcha). Essa amenização se deve à menor latitude da região e à ação da maritimidade.
ü Massas Tropicais: No verão os sentidos se invertem, penetrando do Sul para o Norte. Elas provocam chuvas abundantes na península da Flórida, mas à medida que sobem, sua ação é restringida.
·        VENTOS ALÍSIOS: Embora na América ocorram importantes influências climáticas determinadas pelos ventos alísios, que são ventos de baixas altitudes que saem das zonas temperadas e caminham para a linha do equador, contribuindo em seu caminho para formação de chuvas.
Bibliografia consultada:
BELTRAME, Zoraide Victorello.  Geografia ativa : o espaço mundial: contrastes e mudanças – os países do sul.  28.ed.  São Paulo : Ática, 1998.
MAGNOLI, Demétrio & SCALZARETTO, Reinaldo.  Geografia : espaço, cultura e cidadania.  São Paulo : Moderna, 1998.

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