sábado, 25 de abril de 2020

O naufrágio do navio Negreiro Phoenix do Século XIX na Praia do Barco em Capão da Canoa – RS.

O naufrágio do navio Negreiro Phoenix – Século XIX – Praia do Barco - Capão da Canoa – Rio Grande do Sul.


O litoral gaúcho tem o maior registro de navios afundados no país: são 242 acidentes marítimos entre os anos de 1775 e 2004. Um verdadeiro cemitério de navios. Fenômenos meteorológicos, o desenho da costa e a existência de bancos de areia explicam por que o Rio Grande do Sul é o estado que, de acordo com as pesquisas, registra o maior número de naufrágios no Brasil.


E foi assim que o navio negreiro Inglês, Phoenix por volta de 1840, encalhou na costa gaúcha, o navio inglês se dirigia para as Ilhas Malvinas, levando dezenas de escravos, juntamente com alimentos. Um banco de areia interrompeu o trajeto e o destino de toda a embarcação, que acabou encalhando, empurrado por forte ondas e ventos na deserta costa gaúcha, a 400 metros da Praia do Barco em Capão da Canoa. Assim, os escravos que estavam a bordo da embarcação aproveitaram para fugir, e formaram quilombos para se abrigar e se esconder.
Atualmente, a região se chama Praia do Barco, em homenagem ao navio negreiro que encalhou ali.
A história marítima da Costa Gaúcha está enterrada e sendo comida pelas cracas (animais que se incrustam nos cascos das embarcações). De fascinantes contos de exploradores, aventureiros, piratas em busca de tesouros perdidos, de tráfico de escravos de sucessos e fracassos na era do descobrimento.
Podíamos ter um museu marítimo e resgatar o que sobrou desses naufrágios e contar a história de cada um, como os que existem em países como Holanda, Inglaterra e Espanha. Do farol da Solidão, em Mostardas até o Albardão são dezenas. Mas como não temos uma tradição turística, não respiramos cultura, a tradição que a cultura local vem acumulando ao longo do tempo é exatamente a de não ter tradição.

fonte: https://www.facebook.com/425797660861640/posts/1626291304145597/

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