CRÂNIOS FOSSILIZADOS INDICAM A REALIZAÇÃO DE RITUAIS VIKINGS MACABROS
Estudo revela que local escolhido pelos vikings para o sepultamento de crianças não era nada convencional
PENÉLOPE COELHO PUBLICADO EM 24/04/2020
Marianne Hem Eriksen, arqueóloga da Universidade de Oslo, analisou junto com sua equipe, mais de 40 crânios fossilizados. Os artefatos localizados na Escandinávia datam a época da Idade do Ferro. Os fósseis correspondem ao fim da Era Viking, segundo informações da rede de televisão NRK.
Durante essa pesquisa, fatos intrigantes vieram à tona, evidência de alguns rituais macabros feitos na Era Viking com crianças. Pedaços de caveiras e cadáveres de bebês foram encontrados enterrados embaixo de portas e pisos das próprias residências vikings.
“Se você for a fontes escritas na Escandinávia e no norte da Europa, verá que matar crianças não era incomum na época e, até certo ponto, socialmente aceito”, diz a arqueóloga.
Segundo a pesquisadora, isso acontecia porque esses povos cultivaram a tradição de manter os bebês que morriam por perto: "Partes de corpos às vezes eram colocadas em torno de fazendas e dentro das casas. Isso pode não ter sido por acaso [...] deve ter sido importante para eles terem seus mortos por perto. Obviamente tinha algum sentido.", afirmou Eriksen.
A partir desse estudo, algumas teorias antigas de rituais vikings citados pela literatura foram questionados. Por exemplo, o pressuposto de que o corpo desses povos eram queimados e colocados em barcos, ou, enterrados em túmulos tradicionais junto com seus itens mais valiosos.
Para os pesquisadores, na era vikings, os crânios tinham um valor especial e poderiam ser reconhecidos com uma espécie de amuleto e por isso, eram mantidos por perto.
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