sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Pesquisadora encontra a mais antiga ilustração de Veneza.

Publicado por  Traduzca

História é um dos assuntos mais recorrentes aqui no blog da Traduzca pois descobrir e entender os fatos do passado são atividades importantes em nossa rotina. Ontem falamos aqui sobre uma poeira estelar de sete bilhões de anos encontrada em um meteorito que caiu na Austrália em 1969. Hoje também relatamos um fato histórico, mas não tão antigo. Uma ilustração do século XIV descoberta por uma pesquisadora italiana é a representação mais antiga da cidade de Veneza, Itália.
Ilustração do século XIV é a representação mais antiga da cidade de Veneza, na Itália.
A história da ilustração começa em 1346, quando o frade italiano Niccolò da Poggibonsi partiu de Veneza com o objetivo de explorar outras regiões, como Jerusalém, Damasco, Cairo e Alexandria. Durante o percurso, o religioso registrou etapas da viagem em tábuas de gesso, que foram transformadas em desenho feitos com tinta e papel após seu retorno à cidade, em 1350. Os rascunhos foram armazenados na Biblioteca Nazionale Centrale, em Florença, também na Itália, tendo sido esquecidos por anos.
Séculos após o arquivamento dos desenhos, a pesquisadora britânica Sandra Toffolo, da Universidade de St. Andrews, Escócia, passou a pesquisar detalhadamente todos os rascunhos armazenados até descobrir que um deles, que representa prédios, gôndolas e canais, se trata da ilustração mais antiga de Veneza. Em comunicado, ela diz que “a descoberta dessa vista da cidade tem grandes consequências para o nosso conhecimento das representações de Veneza, uma vez que mostra que desde muito cedo ela gerava um grande fascínio aos contemporâneos”.
Especialista no trabalho de Niccolò da Poggibonsi, Toffolo relata que o frade italiano era extremamente cuidadoso em seus registros de viagens, medindo pontos de referência e anotando números e distâncias para que suas reproduções fossem as mais fiéis possíveis. Um dos detalhes registrados pela pesquisadora são marcas de alfinete nas inscrições em gesso que, segundo a estudiosa, é um indício de um método de reprodução da imagem para outras superfícies, quando um pó era peneirado através dos alfinetes para transferir o contorno da ilustração.

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