10 FATOS CURIOSOS SOBRE ANA BOLENA, UMA DAS MAIS CONTROVERSAS RAINHAS INGLESAS
O rei Henrique VIII anulou seu casamento para se casar com ela. Mas quem era Ana Bolena?
VINÍCIUS BUONO PUBLICADO EM 22/09/2019
Ela foi educada na França e na Bélgica
Filha do diplomata Tomás Bolena, ela foi mandada, na infância, para a Bélgica. Posteriormente, foi para a residência dos Tudor em Paris, onde finalizou seus estudos, aprendendo o idioma e os maneirismos da corte francesa. Conta-se que algumas pessoas chegavam até a achar que ela era nativa de Paris.
Ela tocava alaúde.
Além de ser exímia dançarina, o interesse da rainha em música ia além: ela tocava o alaúde, instrumento de cordas parecido com o violão e que era bem difundido na Idade Média. Um livro com a inscrição dela está guardado na Royal College of Music em Londres, apesar de não se saber se realmente a pertencia.
Ana Bolena quase se casou com outro homem antes de Henrique VIII.
Tomás Bolena e um primo, Sir Piers Butler, estavam disputando terras na Irlanda que pertenciam a um ancestral comum dos dois. Para acabar com a disputa, foi sugerido que Ana se casasse com James Butler, filho de Piers. A ideia estava florescendo e o próprio Henrique VIII (que, na época, tinha Mary, a irmã de Ana, como amante) já tinha aprovado a união, que acabou não se concretizando. Ela também teve um relacionamento com um homem chamado Henry Pierce.
Em sua coroação, ela estava grávida.
Antes mesmo de conseguir a anulação de seu casamento, Henrique VIII já cortejava Ana Bolena, e muitas de suas cartas sobreviveram até hoje. Menos de quatro meses após sua coroação como rainha consorte em 1o de Junho de 1553, Elizabeth nasceu.
O emblema dela era um falcão branco.
Os Bolena se apropriaram do falcão branco, presente no brasão da tradicional casa dos Butler. O poeta Nicholas Udall escreveu alguns versos comparando Ana Bolena à majestosa ave e a nova rainha resolveu usá-la como símbolo pessoal. Foi, inclusive, grafitado na Torre de Londres.
Não se sabe muito sobre suas crenças, mas acredita-se que ela era reformista.
Na época, a Reforma Protestante estava inflamando a Europa. Na Inglaterra, ela se deu justamente pelo rompimento de Henrique VIII com Roma e o Papa. Ainda assim, as regras seguidas ainda eram as católicas, como a exclusividade das bíblias em latim. Ana Bolena foi favorável à tradução delas para o inglês, um pensamento reformista.
Além disso, ela e o marido providenciaram a soltura de Nicholas Bourbon, um professor e poeta francês preso por fazer críticas às teologias católicas vigentes como a adoração de santos. Como gratidão, ele foi para a Inglaterra educar o sobrinho da rainha.
Ela não foi a única a ser executada.
Uma honra que ninguém gostaria de ter. Assim como Catherine de Aragão, ela não conseguiu dar ao rei o que ele mais queria: um herdeiro. Apenas três anos após o casamento que começou com tantas juras de amor, ela foi julgada e condenada por alta traição, adultério e incesto.
Os rumores, nunca comprovados, diziam que ela estava tendo um caso com o irmão, George. Ela foi decapitada em 19 de maio de 1536 e, em menos de um mês, o rei já estava casado novamente com Jane Seymour, que morreu no parto do seu primeiro (e único) filho homem, Edward VI. A esposa de número cinco, Catherine Howard, teve o mesmo infame destino que Ana Bolena.
Dizem que ela tinha 11 dedos.
Com toda a circunstância envolvida em sua ascensão ao trono, era natural que Ana Bolena fizesse alguns inimigos. Um deles, o católico Nicholas Sander, dava descrições detalhadas de como ela era horrível, chegando a dizer, inclusive, que tinha seis dedos na mão direita. É provável que fosse tudo um rumor espalhado pelo religioso, porque não se encontra mais nenhum outro relato disso entre os contemporâneos da rainha.
A filha dela se tornou a Rainha Elizabeth I e reinou sobre a Inglaterra por 44 anos.
Único fruto do casamento, Elizabeth chegou ao trono de maneira conturbada após a morte do meio-irmão Edward. Ela se tornou uma das mais populares monarcas da história britânica, permanecendo no trono por mais de quatro décadas.
Nesse período, venceu a Invencível Armada espanhola, promoveu a exploração e as artes (Francis Drake, Shakespeare e Marlowe são todos desse período) e evitou diversas tramas para matá-la depois do Papa ter declarado que seu reinado era ilegítimo.
Apenas uma imagem dela sobreviveu ao tempo.
Depois que Ana Bolena foi executada, todas as imagens que a representavam foram destruídas, menos uma: uma medalha cunhada em 1534 que contém a efígie da rainha. Há suspeitas de que uma mulher não identificada num quadro do século 16 também seria ela, mas os cientistas, mesmo com o uso de softwares de reconhecimento facial, não quiseram determinar se é ou não por achar os dados inconclusivos.
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