HÁ 498 ANOS, OCORRIA A QUEDA DO IMPÉRIO ASTECA
As táticas brutais do conquistador Hernán Cortéz foram determinantes para a tomada de Tenochtitlán. Com a conquista da majestosa cidade, teve início a colonização espanhola
VINÍCIUS BUONO PUBLICADO EM 13/08/2019.
Há 498 anos, em 1521, acontecia o Cerco de Tenochtitlán, marcando o término da conquista do Império Asteca pela Espanha e o início da colonização da América pelo país ibérico.
Os astecas eram um povo nativo da América Central. Uma confederação de cidade-estado que jurava lealdade ao imperador, cuja influência política se estendia por toda a região. A capital, Tenochtitlán, era uma das maiores cidades do mundo à época. Situada no meio do Lago Texcoco, possuía um enorme sistema de aquedutos e canais, além de belos palácios, templos e mercados. A população era de aproximadamente 300 mil habitantes.
O conquistador espanhol Hernán Cortés, antes de chegar à capital do império em 1519, fez diversas alianças com os povos indígenas subjugados pelos Astecas. Tomou, também, uma nativa chamada Malinche como amante, auxiliando na tradução e na comunicação com os indígenas. Até hoje, o nome da moça é sinônimo de traição no México.
Ao chegarem, os espanhóis foram bem recebidos pelos Astecas. Embora essa visão seja disputada por historiadores, por muito tempo acreditou-se que os nativos tenham interpretado a chegada dos brancos europeus como o retorno do deus-serpente Quetzalcoatl.
Os relatos de que teria sido tratado como divindade veio do próprio Cortés, em cartas ao rei Carlos V. Usando disso, ele logo iniciou a conquista do império, prendendo Montezuma em seu próprio palácio e se tornando, de fato, o governante da gigantesca cidade.
Por dois anos, diversas batalhas se sucederam. Apesar da longa distância, os espanhóis eram tecnologicamente mais avançados, possuíam as alianças feitas por Cortés, o que aumentava seu exército, e tinham a seu favor um dos fatores mais cruéis: a guerra biológica. O sistema imunológico nativo não estava habituado às doenças europeias como a varíola, e muitos foram dizimados dessa forma.
Apesar de eventualmente terem expulsado os espanhóis da cidade na chamada Noite Triste, o destino dos Astecas estava selado. Dizimados pela varíola, abandonados pelos povos que antes dominavam e enfrentando um inimigo cuja tecnologia era superior, era só questão de tempo até que os conquistadores voltassem.
E assim eles fizeram, com um contingente ainda maior. Em 13 de agosto de 1521, após três meses de um longo e violento cerco, Tenochtitlán foi finalmente tomada. Sobre suas ruínas, iniciava-se a construção da Cidade do México, marcando o início da colonização da América pelos espanhóis.
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