Auto Conceito e Auto Estima.
INTRODUÇÃO:
A finalidade deste trabalho é analisar o desenvolvimento do auto conceito da criança, suas ideias para a definição das coisas e o seu pensamento em geral. Analisaremos também o desenvolvimento da sua auto estima, seus valores, as amizades e seus sentimentos de importância. No decorrer da infância salientam-se e destacam-se os processos de socialização da criança e seu meio. Buscando mostrar também as influências do seu núcleo familiar e escolar. Termos como conhecimento de si mesmo, auto conceito, auto estima, imagem de si mesmo, como o conceito geral que se refere aos conhecimentos, ideias, crenças e atitudes que temos acerca de nós mesmos. E podemos diferenciar dois aspectos, no qual o primeiro é relativo à atributos que utilizamos para descrevermos a nós mesmos o que definimos como o auto conceito. O segundo é referente à avaliação ou julgamento que fazemos deste auto conceito (auto estima).
AUTO CONCEITO e AUTO ESTIMA:
A criança quando nasce é muito frágil e indefesa, pois ela depende de ajuda e possui a capacidade de aprender. Sente-se atraída pelos estímulos de origem social e com isto ela é pré orientada. Os pais são os primeiros a manter contato direto com ela e também os primeiros a ajudar a criança em seu início de desenvolvimento. Dando a proteção com seus devidos cuidados, os pais naturalmente dão muito amor afetivo e isto é importantíssimo para a criança, todos estes aspectos são fundamentais para o processo de crescimento dela. Além disto podemos dizer que os pais são os primeiros agentes sociais do grupo que vão transmitir a tradição cultural, os valores, as normas e as primeiras palavras da linguagem, e com isto vão fazer as necessidades da criança e incorporá-la lentamente ao grupo social. Porém as necessidades dela depende de outros membros, não somente dos pais e familiares, para que ela aprenda a desenvolver-se e perpetuar-se. A criança quando nasce, já é membro de um grupo social e o processo de socialização ocorra, ele deve estar se completando mutuamente, e para isso os grandes ajudantes da criança são os agentes sociais, todas as pessoas que estão e circulam a sua volta, a mãe, o pai, os irmãos, outros familiares, professores, colegas e outros adultos. Algumas instituições também fazem parte além da família, e da escola; a televisão, os livros, brinquedos e outras atividades culturais.
A socialização pressupõe a aquisição dos valores, normas e costumes, papéis, conhecimentos e condutas que a sociedade transmite à ela e consequentemente à exige. Algumas descrições clássicas do desenvolvimento da personalidade surgem entre os 6 e os 12 anos, e que estão relacionadas sobretudo com o auto conceito e a auto estima. Por último um aspecto na construção da identidade pessoal, relacionando ao fato de pertencer a um ou a outro sexo.
O estágio do personalismo inicia-se de maneira conflitante, pois a criança vai se reforçar para afirmar um ego que acaba de descobrir do final da primeira infância, o tentará fazer através da imposição de seus próprios desejos e da oposição aos dos demais, bem como, através da luta pela posse de objetos e pertences, como se o aumento de suas propriedades intensifica-se a consciência de seu ego. Trata-se, entre o segundo e o terceiro ano da criança, de uma crise de oposição ou teimosia.
OS PROCESSOS DE SOCIALIZAÇÃO SÃO TRÊS:
Os processos mentais de socialização tem como base a aquisição de conhecimentos. Os processos mentais de socialização são amplos e diversos. Conhecimento de valores, normas costumes, pessoas, instituições e símbolos sociais, bem como a aprendizagem da linguagem e aquisição de conhecimentos transmitidos através do sistema escolar e demais fontes de informação. A socializa;ção envolve também a aquisição de condutas consideradas socialmente desejáveis, bem como evitar aqueles que são julgadas como anti-sociais. Os processos afetivos de socialização são as formações de vínculos. Os vínculos afetivos que a criança estabelece com os pais, irmãos, amigos e etc., este vínculo une a criança aos demais. Os processos condutais de socialização determinam a conformação social da conduta. Os três estão ligados diretamente, dependendo do tipo de atividade a que nos referirmos, haverá a predominância de um deles.
AUTO CONCEITO:
Para descrever o conteúdo do auto conceito que as crianças pré escolares possuem com as seguintes características: Tendências a descrever-se com base em atributos pessoais externos. Quando pedimos a crianças pré escolares que definam a si mesmas, costumam fazê-lo em termos das atividades que realizam ("sou uma criança que brinca com boneca"), de seus êxitos ou habilidades ("sou uma menina que sabe ler"), de sua aparência física ("sou alto") ou de algum outro traço distintivo de caráter geral ("sou uma menina que se chama Vanessa"). Tendência a descrever-se em termos globais. O auto conceito das crianças pré escolares costuma ser de caráter global, vago e não específico. Por exemplo, uma menina de cinco anos se descreverá como "boa na escola", sem maiores especificações. À medida que as crianças crescem, o auto conceito vai tornando-se mais diferenciado, articulado e integrado em diferentes dimensões e conteúdos. Tendência a conceber as relações sociais como simples conexões entre pessoas. Às vezes, as crianças pré escolares definem-se em termos de “amigo” e “colega”, ou como “filho” ou “irmão”. As relações sociais, mais que serem concebidas em termos e sentimentos interpessoais (fato que se observará muitos anos mais tarde), limitam-se a certas conexões entre umas pessoas e outras. Tendência a elaborar o auto conceito com base em evidências externas e arbitrárias. O auto conceito das crianças pré escolares costuma ser bastante arbitrária, fundamentado em fatos concretos ocorridos em determinados momentos.
Além disso, a verdade acerca de si mesmo costuma ser a expressa pelos adultos significativo na vida da criança. Assim, por exemplo um a menina de cinco anos pode nos dizer que é “má” porque “um dia quebrei um prato” e um menino da mesma idade nos dizer que é “bonito” porque “minha mãe disse”. Em torno dos 6-8 anos, as crianças começam a descrever-se como pessoas com pensamentos, desejos e sentimentos diferentes dos demais, embora essas características diferenciadoras não sejam vistas, por que ocorrem "por dentro". Dessa forma, aos oito anos já distiguem entre as características físicas e as psicológicas. O eu é agora descrito mais em termos internos e psicológicos do que com base em atributos externos e físicos. Junto com a crescente orientação psicológica e social, o auto conceito das crianças caracteriza-se por ser cada vez menos global e mais diferenciado e articulado. As expressões do tipo "eu vou na escola" dão lugar a auto descrições do tipo "sou bom em matemática e história, e regular em português". Além disso, conforme nos aproximamos da adolescência, as auto descrições são realizadas, com maior frequência, mais em termos abstratos do que concretos. Por último, a fundamentação do auto conceito deixa de estar na opinião dos adultos sobre a criança, passando a ser cada vez mais elaborada, com base nos próprios juízos e na avaliação das evidências. A capacidade de adoção das perspectivas permite que a criança imagine o que os outros pensam a respeito dela. Finalmente, a possibilidade de refletir a respeito dos próprios pensamentos e sentimentos, que aparece na adolescência, representa a capacidade definitiva e necessária para enriquecer o conhecimento do próprio eu. Apesar das posições externas, existem cada vez mais dados que apóiam uma linha mais moderada de pensamento, que admite tanto a estabilidade, como a mudança do auto conceito. É certo que o auto conceito é fruto da comparação social e que o conceito que a criança desenvolve de si mesma é influenciado decisivamente pelas interações que estabelece, desde pequena, com as pessoas que a rodeiam, primeiro em seu ambiente familiar e, depois no escolar. Uma vez o auto conceito definido se torna mais diferenciado e organizado, ele adquire uma certa resistência à mudança, pelo menos enquanto as condições determinantes do mesmo não mudarem substancialmente, fato que não acontece com muita frequência durante a infância, pois poucas crianças mudam de entorno familiar ou passam por ambientes escolares que defiram substancialmente.
AUTO ESTIMA:
Quando concentramos a nossa atenção no valor ou importância que as crianças atribuem a estas auto descrições, em como a criança avalia o conceito que tem de si mesma, estamos interessados pela sua auto estima, ou seja pela dimensão avaliativa do auto conceito. A auto estima implica uma orientação afetiva que pode ser avaliada como positiva ou negativa. Na vida da criança, as atitudes dos pais e suas práticas de criação e educação são os aspectos determinantes do desenvolvimento da auto estima. Pais carinhosos, que aceitam seu filho por completo, demonstrando-lhe frequentemente seu afeto. Mostram interesse pelas coisas de seu filho, dando importância a seus pequenos problemas. Se a criança percebe que é tratada com afeto e com respeito, que é aceito como é, será fácil para ela formar uma idéia de si mesma como uma pessoa de valor.
Pais firmes no sentido que estabelece cem regras, que argumentam e mantém de forma consciente, embora com flexibilidade. Ao agir da criança que reconheça a s necessidades e motivos de outras pessoas, está se dando a ela a oportunidade de aprender a diferenciar entre os desejos e a realidade, a distinguir entre si mesma e as demais. Pais democráticos, estimulam a criança a expressar suas opiniões que, frequentemente, são aceitas e levadas em consideração.
Os pais podem ser ao mesmo tempo firmes e democráticos, e este padrão, mais que ser rígidos e autoritários, é o que tem demonstrado estar relacionado a uma alta auto estima nas crianças. As atitudes e práticas dos pais continuam tendo grande importância, durante toda a infância e adolescência, as relações que a criança vai estabelecendo com seus iguais desempenham um papel cada vez maior na determinação de sua auto estima. A saída de um contexto extritamente familiar, para integrar-se a escola, pressupõe a abertura para um mundo diferente e apara a ampliação das relações sociais.
A criança, que tinha construído uma imagem de si mesma baseada nas primeiras relações com sua família, tem a oportunidade, de enriquecer essa primeira imagem de si mesma, confirmá-la ou modificá-la. Os estudos que relacionam a auto estima com o lugar de controle das crianças encontraram altas correlações entre ambas as variáveis. Concretamente os resultados parecem mostrar que as crianças com alta auto estima se atribuem maior responsabilidade pessoal, diante de resultados exitosos, do que diante de fracassos, que a auto estima e o lugar de controle de tipo interno parecem estar associados, bem como a auto estima negativa e o lugar de controle do tipo externo. Parece claro que a auto estima como o lugar de controle obedecem a determinações contextuais muito semelhantes, especialmente no que se refere às pautas educativas.
Basta destacar que uma criança, cujas opiniões são levadas em consideração por aqueles que a educam, está recebendo, ao mesmo tempo, um apoio a sua auto estima e um reforço a idéia de que ela possui um certo poder de influência sobre o que acontece. Pelo contrário, uma criança, cuja iniciativa e autonomia se anulam sistematicamente, está recebendo mensagens negativas, tanto para sua auto estima, como para seu sentimento de controle pessoal.
CONCLUSÃO:
Pelo estudo analisado, observamos a grande importância da linguagem para o desenvolvimento da criança. O paradoxo que a criança tende a resolver o processo para o uso da linguistica. Pois quem ajuda e apoia é o adulto que está ligado diretamente a ela e oferece constantemente modelos interativos que requerem a comunicação. Assim a criança passa por procedimentos cada vez mais culturais, desembocando finalmente a linguagem determinando seu desenvolvimento e incorporando-a às características denominadas e escolhidas pela sociedade. Estas interações entre pré escolares contituem uma fonte ideal de treinamento e a aprendizagem de habilidades sociais (conduta pró social, controle da agressividade, coordenação de ações, adoção da perspectiva, etc.) ao mesmo tempo que também deixam transparecer sua influência sobre as características de personalidade do indivíduo (a ser aceito ou rejeitado pelo grupo de iguais afetará, por exemplo o auto conceito e a auto estima do indivíduo).
Em quase todos os domínios evolutivos, o papel dos iguais é claramente diferente ao dos adultos, assim, por exemplo, as relações com os pais caracterizam-se fundamentalmente, pela existência de vínculos de apego e proteção, o que dificulta que a criança tenha oportunidade de treinar-se com eles. A escola não só intervém na transmissão do saber científico organizado culturalmente, como influi todos os aspectos relativos aos processos de socialização e individualização da criança, como são o desenvolvimento das relações afetivas, a habilidade de participar em relações sociais, a aquisição de destrezas relacionadas com a competência comunicativa, o desenvolvimento do papel sexual, das condutas pró sociais e da própria identidade pessoal (auto conceito, auto estima, autonomia).
Fonte: Arquivo Pessoal.
Pelo estudo analisado, observamos a grande importância da linguagem para o desenvolvimento da criança. O paradoxo que a criança tende a resolver o processo para o uso da linguistica. Pois quem ajuda e apoia é o adulto que está ligado diretamente a ela e oferece constantemente modelos interativos que requerem a comunicação. Assim a criança passa por procedimentos cada vez mais culturais, desembocando finalmente a linguagem determinando seu desenvolvimento e incorporando-a às características denominadas e escolhidas pela sociedade. Estas interações entre pré escolares contituem uma fonte ideal de treinamento e a aprendizagem de habilidades sociais (conduta pró social, controle da agressividade, coordenação de ações, adoção da perspectiva, etc.) ao mesmo tempo que também deixam transparecer sua influência sobre as características de personalidade do indivíduo (a ser aceito ou rejeitado pelo grupo de iguais afetará, por exemplo o auto conceito e a auto estima do indivíduo).
Em quase todos os domínios evolutivos, o papel dos iguais é claramente diferente ao dos adultos, assim, por exemplo, as relações com os pais caracterizam-se fundamentalmente, pela existência de vínculos de apego e proteção, o que dificulta que a criança tenha oportunidade de treinar-se com eles. A escola não só intervém na transmissão do saber científico organizado culturalmente, como influi todos os aspectos relativos aos processos de socialização e individualização da criança, como são o desenvolvimento das relações afetivas, a habilidade de participar em relações sociais, a aquisição de destrezas relacionadas com a competência comunicativa, o desenvolvimento do papel sexual, das condutas pró sociais e da própria identidade pessoal (auto conceito, auto estima, autonomia).
Fonte: Arquivo Pessoal.
Aula prof. Vanessa.
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