quarta-feira, 2 de maio de 1990

A Revolução Federalista – 1893-1895.




A Revolução Federalista – 1893-1895.


No Rio Grande do Sul, 2 grupos políticos brigavam pelo poder. Partido Federalista, formado pela nata do Partido Liberal do Império, comandado por Gaspar da Silveira Martins. O Partido Republicano Rio-grandense, tinham como adeptos da República, dirigido por Júlio de Castilhos, que era governador. Os federalistas queriam analisar as constituições para fortificar o Brasil como União Federal. Já os rio-grandenses castilhistas, queriam o positivismo “viver nos fatos e rejeitar o sobrenatural”. Os sectários dos federalistas eram conhecidos como gasparitas ou maragatos. Os correligionários de Júlio de Castilhos, foram chamados castilhistas e pica-paus. Em 1892, Júlio de Castilhos foi proclamado Presidente do Estado. Os federalistas não aceitaram e reagiram colocando na rua 600 homens com o líder, Gumercindo Saraiva. Que venceram os soldados sob as ordens do Coronel Pedroso de Oliveira. Ocorreram outras batalhas: Lagoa Branca e a Restinga do Jarraca. Vitória dos maragatos. Os maragatos exigiram a destituição de Júlio de Castilhos e um plebiscito para o povo escolher que governo queria. O Marechal Floriano Peixoto enviou o exército federal (tropa legalista), com o General Hipólito Ribeiro, para saber o que havia e defender Júlio de Castilhos.

Em 1893, os maragatos lutaram no Riacho Inhanduí em alegrete. Com a derrota, os maragatos ganharam o apoio dos gaúchos e venceram os legalistas na Batalha de Cerro do Ouro. Os gasparitas tomaram Santa Catarina e juntaram-se ao pessoal da Marinha, que lutava na Revolta Armada. Com o desgaste voltaram para o sul. O conflito vai até 1895, quando o novo Presidente Prudente de Morais, celebra a paz. Júlio de Castilhos retoma o poder e o Congresso insulta os autores do levante. No fim ocorre uma vitória governamental.

Os federalistas não reconheciam a legitimidade do governo de Floriano Peixoto. Depuseram os políticos próximos a Deodoro da Fonseca e os governadores pró-Deodoro, foram substituídos por representantes simpáticos ao novo governo. O PRP, queria o republicanismo positivista e apoiava Júlio de Castilhos, aliado a Floriano. O PF, era contrário a Castilhos e queriam autonomia dos estados por regime parlamentarista. A diferença entre os partidos piorou porque Castilhos se impôs. Inconformados, os federalistas liderados por Gaspar Martins e Gumercindo Saraiva, pegaram em armas para exigir a anulação do governo castilhista. A reação das tropas do governo obrigou os federalistas a recuarem para o Uruguai e Argentina. Os federalistas conquistaram Bagé. Depois foram para Santa Catarina e Paraná. E se uniram aos marinheiros da Revolta Armada. O grupo enfraqueceu mesmo com o apoio dos cariocas e não se consolidou. A violência do conflito marcou 10.000 mortes e deixou a revolução federalista com o nome de revolução da degola. Em junho de 1895, os conflitos da revolução chegaram ao fim, com lutas ocorridas em Osório, o federalista Saldanha da Gama, lutou até a morte, com 400 homens em sua tropa. No fim, o acordo de paz foi assinado em agosto de 1895, concedendo anistia aos participantes.


Nossa fonte: infoescola.com

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