quarta-feira, 28 de fevereiro de 1990

Realismo.


O REALISMO.

Pintores Courbet, Edward Manet, Daumier, Milliet, 1850, início do século XIX. O Realismo desenvolve-se nesta época, é uma arte que busca a verdade, mostrar a verdade. Proposta calcada cientificismo positivista de Augusto Conte, proposta de busca de plasticidade, para expressar a trivialidade cotidiana. Revela de certa forma uma situação crítica, depois da queda de Luiz Felipe de Orleans, instaura-se a 2ª Rep. na França, formada por republicanos e socialistas, no início dos anos 50, estabelecimento em 1852 do 2º Império de Napoleão III, assume o poder para dar continuidade política do império francês na África e na Ásia, desenvolveu-se todo um plano de governo voltado aos interesses da burguesia. 

Momento de enriquecimento da sociedade francesa. Napoleão instaura a censura, limita a expressão de ideologia, acontecem reformas urbanas de Paris, lideradas pelo Barão Haussmann, prefeito de Paris, com o objetivo de ampliar as avenidas, forma a política de limpeza do centro, termina com a insalubridade e com os motins. Forma de controle social de um lado e modernidade de outro lado, império autoritário de um lado, e por outro a reorganização da capital e do império. A arte realista vai criticar a aristocracia e isto caracteriza. A academia exerce um papel de se conter e não mudar os seus modelos. 

Pinturas exaltadas de valor, a academia resiste aos movimentos e tem o respaldo do Imperador, a academia limita o ingresso de artistas, controla os concursos públicos para as edificações e obras escultóricas para a cidade, tudo controlado, até pela família real que apoia e sustenta os artistas em troca de favores políticos e sociais. 

Em 1854, Napoleão III, cria o salão dos recusados, onde artistas vem expor, e com isto abriu-se um espaço para novos artistas. A pressão era tão grande que o Imperador fez isso e consequentemente a população começou a crescer, e mais escolas começam a surgir e mais artistas começam a aparecer. 

O realismo propõe retratar a realidade sem idealizações da tradição, mostrar o cotidiano e não a burguesia, pessoas comuns são objeto de pintura e não grandes burgueses. Os artistas começam a saturarem-se com estas codificações clássicas e buscam novas linguagens. O público se torna consumidor, começa a ser educado para consumir, ler e obter. Para eles a beleza não é o ideal e sim é a verdade e isto é de autoria de Hipolytte Taine, a verdade vai ser procurada pelos artistas que vão pesquisar muito.

Gustavo Courbet, é um realista e sua obra foi recusada por isto monta uma barraca na entrada da exposição e titula o realismo.



        

Obra O Enterrro de Ornans, destaque para o clero que está iluminado com a luz, a população campesina está menos destacada, aparece um cachorro, tema do cotidiano.


Quadro, O Nú no Atelier, o artista sentado pintando a paisagem, o modelo descansando e olhando a pintura, ao lado figuras populares e do outro lado críticos de arte e 2 cachorros, ao fundo algumas telas, antes o espaço não era comum mas agora o atelier é para mostrar o local onde se faz a obra, pouca iluminação, separação social dos grupos, o quadro dentro de um quadro.



Manet, vai usar nas suas pesquisas obras renascentistas como O Concerto Campestre, para pintar o Piquenique na Relva, o nu feminino confrontando-se com as figuras masculinas, usou como crítica.



Quadro O Vagão de 2ª Classe, do artista Daumier. O desenvolvimento do realismo, uma arte que busca a realidade. Que revela uma concepção de espaço diferente do renascimento e do neoclássico. E uma visão do ângulo aproximativo, tipo máquina fotográfica, criada em 1839 – que não mostra mais a pintura na sua globalidade.




Arquivo Pessoal, História da Arte, 2001.

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