sábado, 16 de julho de 2022

Os Berberes na Península Ibérica.

Os Berberes na Península Ibérica.

Bereberes ou berberes.

Conjunto de povos do norte da África que falam línguas berberes da família de línguas afro-asiáticas.

Porque a Revolta dos Berberes?

O califado exigiu um tributo, o pagamento de 20% das produções para o estado. Os berberes eram desfavorecidos, pois suas terras não produziam muito, se revoltaram contra os árabes. O califa mandou tropas da Síria para sufocar a rebelião na Península Ibérica.

Os árabes estavam divididos em dois grupos: os maadies e os quelbies. Os maadies eram do norte da Península Ibérica e os quelbies eram do sul. Na Síria estavam os descendentes dos quelbies que vieram para reprimir a revolta dos berberes, mas coincidiu com a época da seca na região e a alimentação ficou escassa, além das dificuldades que sofriam, ainda eram pressionados pelos quelbies. Com isso, os berberes foram para o norte da África e deixaram o território vazio.

Afonso I começou a se infiltrar pouco a pouco, aproveitando a fragilidade árabe e a rivalidade entre os maadies e os quelbies. A reconquista de Afonso I se deu com os quelbies ficando em Toledo e os maadies ficando em Saragosa. Quando os quelbies receberam ajuda da Síria, os maadies ficaram invejosos e iniciaram a rivalidade entre maadies e quelbies. Afonso I aproveitou a situação para reconquistar a região. Tentou repovoar o local, mas a agricultura não era propícia, então tentaram a criação de ovelhas. Com a morte do Rei cristão Afonso I, o processo de reconquista se estagnou na segunda metade do século VIII.

O rei era responsável por tudo que acontecia para a história. É a visão romântica da história, a história feita pelos grandes homens, grandes heróis.  O 3º aspecto importante é o etnocentrismo, o centro das atenções. Este conceito tem 3 componentes: a ideologia do destino histórico de ser católico, a ideia do herói na história em que o rei faz tudo se é bom e o etnocentrismo de ser espanhol e responsável.

Abderramann I foi um rei árabe que controlou a Península Ibérica entre 756-792. Era descendente dos omíadas, descendente de Maomé e desde a morte de Maomé, os omíadas controlavam o califado. Os califas eram escolhidos entre os descendentes.

Em 756, aconteceu um golpe de estado e os abássidas tomaram o poder e escolheram o califa. Transferiram a sede do califado para Bagdá. Os abássidas adotaram o modelo oriental para o califado e cobravam pedágio para sobrevivência. A cultura do “Hermetismo Magnificente” vai aparecer nas “Mil e Uma Noites”, a cultura do islamismo foi modificada pelo hermetismo magnificente, esquecendo o ideais de guerra santa, de conversão, de modo de vida simples e as tendas no deserto. Com a mudança, as pessoas passam a viver no luxo e em palácios. O hermetismo magnificente é o modelo onde a elite e o governante ficam fechados no palácio, perdem o contato com a realidade, largam as atividades produtivas e vivem para as festas. Abderramann era descendente dos omiadas e fugindo dos abássidas foi para a Península Ibérica para reviver o islamismo e pegar na espada. Vivia num acampamento com sobriedade e seguia o alcorão. Uniu-se com os quelbies contra os maadies. Contando com os quelbies, o Abderramann tomou o poder e instaurou o emirato independente e se intitulou o emir. Continuou reconhecendo a autoridade religiosa do califa e invocou-o nas suas orações.

Por Vanessa Candia.

Prof. de História. 

   

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