Os Berberes na Península Ibérica.
Bereberes ou berberes.
Conjunto
de povos do norte da África que falam línguas berberes da família de línguas
afro-asiáticas.
Porque a
Revolta dos Berberes?
O
califado exigiu um tributo, o pagamento de 20% das produções para o estado. Os
berberes eram desfavorecidos, pois suas terras não produziam muito, se
revoltaram contra os árabes. O califa mandou tropas da Síria para sufocar a
rebelião na Península Ibérica.
Os árabes
estavam divididos em dois grupos: os maadies e os quelbies. Os maadies eram do
norte da Península Ibérica e os quelbies eram do sul. Na Síria estavam os
descendentes dos quelbies que vieram para reprimir a revolta dos berberes, mas
coincidiu com a época da seca na região e a alimentação ficou escassa, além das
dificuldades que sofriam, ainda eram pressionados pelos quelbies. Com isso, os
berberes foram para o norte da África e deixaram o território vazio.
Afonso I
começou a se infiltrar pouco a pouco, aproveitando a fragilidade árabe e a rivalidade
entre os maadies e os quelbies. A reconquista de Afonso I se deu com os
quelbies ficando em Toledo e os maadies ficando em Saragosa. Quando os quelbies
receberam ajuda da Síria, os maadies ficaram invejosos e iniciaram a rivalidade
entre maadies e quelbies. Afonso I aproveitou a situação para reconquistar a
região. Tentou repovoar o local, mas a agricultura não era propícia, então
tentaram a criação de ovelhas. Com a morte do Rei cristão Afonso I, o processo
de reconquista se estagnou na segunda metade do século VIII.
O rei era
responsável por tudo que acontecia para a história. É a visão romântica da
história, a história feita pelos grandes homens, grandes heróis. O 3º aspecto importante é o etnocentrismo, o
centro das atenções. Este conceito tem 3 componentes: a ideologia do destino
histórico de ser católico, a ideia do herói na história em que o rei faz tudo
se é bom e o etnocentrismo de ser espanhol e responsável.
Abderramann
I foi um rei árabe que controlou a Península Ibérica entre 756-792. Era
descendente dos omíadas, descendente de Maomé e desde a morte de Maomé, os
omíadas controlavam o califado. Os califas eram escolhidos entre os
descendentes.
Em 756, aconteceu um golpe de estado e os abássidas tomaram o poder e escolheram o califa. Transferiram a sede do califado para Bagdá. Os abássidas adotaram o modelo oriental para o califado e cobravam pedágio para sobrevivência. A cultura do “Hermetismo Magnificente” vai aparecer nas “Mil e Uma Noites”, a cultura do islamismo foi modificada pelo hermetismo magnificente, esquecendo o ideais de guerra santa, de conversão, de modo de vida simples e as tendas no deserto. Com a mudança, as pessoas passam a viver no luxo e em palácios. O hermetismo magnificente é o modelo onde a elite e o governante ficam fechados no palácio, perdem o contato com a realidade, largam as atividades produtivas e vivem para as festas. Abderramann era descendente dos omiadas e fugindo dos abássidas foi para a Península Ibérica para reviver o islamismo e pegar na espada. Vivia num acampamento com sobriedade e seguia o alcorão. Uniu-se com os quelbies contra os maadies. Contando com os quelbies, o Abderramann tomou o poder e instaurou o emirato independente e se intitulou o emir. Continuou reconhecendo a autoridade religiosa do califa e invocou-o nas suas orações.
Por Vanessa Candia.
Prof. de História.
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