A CASA QUE A MARQUESA DE SANTOS GANHOU DE DOM PEDRO I
Localizada no Rio de Janeiro, a residência é uma das construções neoclássicas de maior destaque na região
REDAÇÃO PUBLICADO EM 13/02/2022
No Bairro Imperial de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, está localizada, até os dias de hoje, uma das propriedades da Marquesa de Santos. A casa de Domitila de Castro, a mais famosa amante de D. Pedro I, foi um presente do imperador, entregue à mulher em meados do século 19.
Tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN), em 1938, a residência que serviu de ponto de encontro do casal atualmente é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, sendo considerada um dos grandes exemplares do estilo neoclássico no estado.
Projeto arquitetônico
De acordo com informações do site Museus do Rio, o Palacete do Caminho Novo, como é conhecida a casa, foi projetado por Jean Pierre Pézerat e conta com pinturas de Francisco Pedro do Amaral.
A residência, na qual a marquesa viveu entre os anos de 1827 e 1829, foi construída em um terreno próximo ao Paço de São Cristóvão, em um local onde antes exitiam duas chácaras.
Ricos detalhes
Não bastassem as belíssimas pinturas, a casa ainda é repleta de baixos-relevos inspirados na mitologia greco-romana, tanto na decoração externa quanto nos forros dos salões superiores. As obras são de autoria dos irmãos Marc e Zephirin Ferrez, importantes escultores da missão artística francesa.
Ainda de acordo com o portal, os assoalhos de toda a propriedade são de madeira brasileira trabalhada. A fachada interna conta com duas imponentes escadarias curvas, as quais dão para um grande jardim arborizado. Além disso, quase todas as janelas e portas do palacete apresentam detalhes em vidro e possuem corações.
Diferentes proprietários
Após um breve período como propriedade de Domitila de Castro, a residência passou pelas mãos de diferentes personalidades ao longo do século 19. Um dos nomes mais notáveis foi o Barão de Vila Nova do Ninho, quem reformou o edifício e o reinaugurou em 1857.
Mais tarde, entre 1869 e 1882, pertenceu ao Barão de Mauá, que também promoveu adaptações na casa, adicionando novas pinturas à sala de música, localizada no piso superior.
Museu da Moda Brasileira
Como se trata de um construção tombada, surgiu nos últimos anos, uma proposta de transformar o antigo palacete em um local de memória. O terreno, anexo à residência, dá lugar ao Museu da Moda Brasileira, o qual está sendo idealizado pela Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, em parceria com o Instituto Zuzu Angel e com a Fundação Getúlio Vargas.
fonte: aventurasnahistoria.com.br
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