imagem: diariodonordeste.com
A Independência da Venezuela.
O extrato mais baixo estava formado obviamente pelos negros escravos, se bem que os índios tributários legalmente livres não gozassem de excessivas vantagens em relação aos homens de pele escura. Pardos e negros estavam proibidos de se unir legalmente aos brancos. A "limpeza" de sangue era condição indispensável para ascensão social e o acesso as dignidades oficiais e privadas. A enorme concentração da riqueza, a palperização das massas e o total despojamento destas ressaltou de entrada, ao começar a guerra pela independência, o problema da terra e sua divisão. Em Caracas o governo realista organizou a Junta de Proscrições, destinada a selecionar os cidadãos partidários da independência que deviam ser presos e ter seus bens sequestrados. No mais foi crescendo a participação dos negros em guerrilhas, conspirações elevantes, cuja bandeira comum era um ódio aos brancos proprietários de terras, riquezas e vidas. A chamada "República de 1813", dos patriotas valeu-se amplamente desse instrumento: a clara decisão dos pobres e humilhados de recomeças uma nova vida com a independência ou, em todo caso, melhor, com independência ou sem ela, fez com que a guerra assumisse um caráter nitidamente social. A Junta acertou em princípio um trato igualitário para espanhóis e crioulos, proibiu a importação de escravos e aboliu impostos aos artigos de primeira necessidade. Em 19 de abril de 1810, Simom Bolivar, apresentou-se a Junta e foi nomeado Tenente Coronel das Milícias. E assim aconteceu, com uma primeira campanha militar que demonstrou a extraordinária garra e o genial talento militar deste jovem pequeno e mirrado que era Simom. Com um exército precário atravessou montanhas, florestas e pântanos, sem cessar de obter vitórias sobre o inimigo.
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