domingo, 24 de maio de 2020

Alice Elizabeth Doherty, o bebê de lã do Minnesota ou Garota Felpuda de Minnesota.

EXPLORADA PELOS FAMILIARES: A COMOVENTE TRAJETÓRIA DE ALICE ELIZABETH DOHERTY

Desde a infância, a menina foi usada pelos pais como atração nos freak shows norte-americanos
PENÉLOPE COELHO PUBLICADO EM 24/05/2020
Alice Doherty na adolescência
Alice Doherty na adolescência - Wikimedia Commons
O estado norte-americano de Minessota foi palco para o nascimento de uma garota especial. Alice Elizabeth Doherty, nasceu em 14 de Março de 1887. Filha de pais que não apresentavam nenhuma anomalia, Alice veio ao mundo chamando a atenção dos médicos.
Seus grandes olhos azuis não foram o motivo que levaram os médicos a ficarem perplexos, a verdade é que Alice tinha pelos loiros de quase cinco centímetros crescendo por todo seu corpo e principalmente em seu rosto. Essa condição é uma doença rara chamada hipertricose, que também pode ser conhecida como Síndrome do Lobisomem.
Abuso dos pais
A criança ficou conhecida por alguns apelidos, como o Bebê de lã do Minnesota ou Garota Felpuda de Minnesota. Os pais de Alice tinham mais dois filhos, nenhum apresentou o mesmo distúrbio que ela. Inicialmente, o casal se sentia constrangido devido aos comentários da vizinhança, mas, logo percebeu na garota uma oportunidade de ganhar dinheiro.
Desde os dois anos de idade, Doherty foi exposta por seu pai como atração. O homem cobrava para que as pessoas pudessem ver a menina, com consentimento da mãe.
No início, o pai de Alice fazia isso somente em Minessota, mas, logo a criança foi levada para uma espécie de turnê nos Estados Unidos, fazendo com que a família toda se mudasse para Dallas, no Texas, por volta de 1900.
A menina foi usada como os modernos manequins nas lojas de grandes cidades, onde pessoas paravam para comentar sua aparência. Fazendo a própria filha de atração, os Doherty's fizeram um bom dinheiro com a venda dos ingressos.
 Alice Doherty quando criança / Crédito: Wikimedia Commons

Fora dos shows.
Por diversas vezes, Alice foi apelidada com nomes ruins. No entanto, Jornalistas da época definiram a garotinha como curiosa, brincalhona e fofa. Além de revelarem que ela tinha uma inteligência muito avançada para a sua idade.
Um dos jornalistas acabou ficando amigo da família Doherty e escreveu a seguinte frase sobre a menina: "Alice, por trás de todo aquele pelo, possuía lindos olhos azuis e uma personalidade dócil e amigável como a de um gatinho”.
Aos cinco anos, o corpo de Alice já estava dominado por pelos em toda parte, nessa idade, sua pelagem chegou a mais de 10 centímetros e quando se tornou adolescente, os pelos atingiram 15 centímetros.
Longe do julgamento público 
A jovem era simpatia pura, mas, o caminho do entretenimento não era o que ela queria seguir até o fim de seus dias. Alice nunca quis que sua aparência fosse motivo de atração pública. Doherty se manteve nessa vida somente para sustentar sua família, que dependia da venda dos ingressos de seu show.
Mas, ela não via a hora de se aposentar e no ano de 1915, sua carreira como artista de show de aberração estava finalmente encerrada. Após muitos anos nessa jornada, a jovem tinha ajudado sua família a juntar uma quantidade considerável de dinheiro para que eles pudessem viver sem a necessidade de mais shows.
Pouco se sabe sobre a trajetória de Doherty após seu afastamento das atrações. A mulher preferiu viver longe dos holofotes pelo tempo que pôde. Só é de conhecimento, o seu falecimento em 13 de junho de 1933, aos 46 anos, na cidade de Dallas. Entretanto, a causa da morte nunca foi revelada.

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