segunda-feira, 13 de abril de 2020

Descoberta de misterioso baú pode ajudar a localizar tumba perdida de faraó egípcio.


ANTIGO EGITO
A descoberta acidental de um misterioso artefato pode fornecer pistas para a localização da tumba perdida de um faraó. No sítio arqueológico de Deir el-Bahari, os pesquisadores encontraram um baú de pedra contendo ossos de um ganso e uma caixa de cerâmica. Nela, estava escrito o nome de Tutmés II, que governou o Egito há 3500 anos.
O baú, encontrado por acaso no meio de uma pilha de pedregulhos, tem cerca de 40 cm de comprimento por 40 cm de altura. Dentro dele, havia embrulhos enrolados em linho. Um deles continha o esqueleto de um ganso (provavelmente oferecido como sacrifício). Outros embrulhos guardavam ovos de pássaros, possivelmente de ganso e íbis. Além disso, envolta em quatro camadas de linho estava a caixa de cerâmica na qual o nome de Tutmés II estava gravado em hieróglifos.
Andrzej Niwiński, do Instituto de Arqueologia da Universidade de Varsóvia, foi quem liderou a pesquisa. Ele acredita que o achado indica que a tumba de Tutmés II pode estar soterrada em algum local do complexo de Deir el-Bahari. "A descoberta do artefato aponta que estamos no processo de descobrir sua tumba", afirmou.
Tutmés II foi o quarto faraó da 18ª dinastia e reinou por apenas três anos. Ele era casado com sua meia-irmã, Hatexepsute, que mais tarde o sucedeu no trono, se tornando a primeira mulher a assumir o posto de faraó do Egito com plenos poderes. Ela subiu ao poder como regente, enquanto seu enteado e sobrinho, Tutmés III, não atingia a maioridade. Tutmés III, por sua vez, tornou-se um dos maiores líderes da história egípcia. 
Curiosamente, apesar de a tumba de Tutmés II nunca ter sido encontrada, sua múmia foi localizada no ano de 1881 em um "esconderijo real" em Deir el-Bahari, junto com os restos mortais de outros faraós, como Ramsés I, Ramsés II, Seti I, Tutmés I e Tutmés III. Acredita-se que essas múmias tenham sido levadas para lá durante o reinado de Ramsés XI (1107 a.C. - 1078 a.C.) como forma de protegê-las de saqueadores que tinham como alvo suas tumbas originais. 

Imagens:  Andrzej Niwiński/Instituto de Arqueologia da Universidade de Varsóvia e G. Elliot Smith, via Wikimedia Commons

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