ABDUÇÃO NO CEARÁ: O CASO DO HOMEM QUE FOI ABDUZIDO E ENSINOU OS FILHOS A SE PROTEGEREM DE ÓVNIS
“Para você se livrar, só se for com um pé de árvore. Você tem que ir para debaixo porque, com a árvore, o aparelho deles [os extraterrestres] perde o contato”, explicou
FABIO PREVIDELLI PUBLICADO EM 15/03/2020
Histórias de aparições alienígenas ou abduções sempre permearam o imaginário popular. Há quem duvide fielmente de que isso é possível, mas, por outro lado, há quem jure de pé junto de que seres de outro planeta são reais. Esse segundo grupo, em partes, vai além e afirma que eles não só existem como também já nos visitaram.
Um dos casos que endossa essa argumentação é o do comerciante Francisco Leonardo Barroso, ou melhor, de seu pai, Luis Fernandes Barroso — que diz ter sido abduzido por extraterrestres no sertão do Ceará, nos anos 1970.
O episódio, inclusive, fez com que o Luis ensinasse seus filhos com se defender para não serem levados por objetos voadores não identificados. “Para você se livrar, só se for com um pé [sic] de árvore. Você tem que ir para debaixo porque, com a árvore, o aparelho deles [os extraterrestres] perde o contato”, disse Barros em entrevista ao G1.
Segundo Francisco, seu pai ficou com a pele toda avermelhada após ser levado por óvnis, assim como também apresentou um quadro de retardo mental. Isso aconteceu por que, segundo ele, Luis teve um “contato bem próximo” com um extraterrestre.
“Uma vez por semana, ele ia para a fazenda olhar o rebanho e gostava de sair de madrugada, por volta de 2h da manhã. Um dia, quando voltava de carroça, ele disse que teve contato com algo que parecia um avião, mas que desceu, ficou perto dele e jogou uma luz muito forte, quase de cegar”, explicou.
Após o suposto encontro, o comerciante, que é dono de um armazém que vende de tudo no tumultuado centro do município, disse que notou alterações físicas e psicológicas em seu pai. A pigmentação da pele parecia “como se tivesse queimada”. O quadro de retardo mental também fez com que os filhos assumissem os negócios da família.
O caso chamou tanto a atenção na época que ufólogos de vários países — como Portugal, Itália e Espanha — visitaram a fazenda para estudar o assunto e os sintomas relatados por Barroso. “Meu pai passou também por muitos hospitais de Fortaleza e disseram que a mente dele estava como se fosse de uma criança”, disse.
Luis Fernandes Barroso morreu na fazenda em 1973. Segundo seu filho, o aspecto da epiderme do pai não correspondia com sua idade: "era como se ele tivesse ficado mais novo”.
Francisco disse que o caso de seu pai não foi o último envolvendo sua família. A situação quase se repetiu com ele próprio, enquanto refazia o mesmo trajeto que seu pai usava para a fazenda.
“Estava de moto e vi um objeto que emitiu uma luz bem forte. Desviei o olhar para não cegar com aquela luz e desacelerei. Lembrei dos conselhos de meu pai: 'não se amedronte e não fique nervoso'”. Depois disso, o comerciante explica que as aparições ficaram comuns em sua vida. “Depois que você se acostuma...”.
Apesar das marcas que acompanharam seu pai até o fim da vida, o comerciante diz que não tem rancor dos alienígenas. “Não guardo mágoas dos extraterrestres porque aconteceram outros casos iguais aos do meu pai. É um imprevisto, pode acontecer comigo, com você ou com qualquer um”, admitiu.
O caso é insolúvel.
Como já dito, o episódio chamou muita atenção na época, atraindo diversos curiosos e especialistas. Um deles foi o ufólogo cearense Reginaldo de Athayde, que acompanhou os passos do agricultor desde que ele foi abduzido até o momento de sua morte.
“Durante 17 anos, eu e outros pesquisadores íamos uma vez por mês a Quixadá para visitar Barroso”, explica. Os relatos ficaram registrados no livro ETs, Santos e Demônios na Terra do Sol, que foi publicado no ano de 2000 — a obra também aborda outras aparições alienígenas ocorridas em municípios do interior cearense.
O ufólogo disse que tentou prosseguir com as investigações após a morte de Luis Fernandes Barroso, mas que os filhos não chegaram a um acordo sobre a autopsia no corpo do pai. “Acreditamos que esse caso nunca seja solucionado, pois fizemos o que podíamos nos 17 anos de acompanhamento”, afirmou.
Atualmente, Francisco Leonardo é o único filho de Barroso que permaneceu em Quixadá. Sua mãe também faleceu; um irmão mora no Piauí e a irmã em outro município do sertão cearense.
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