domingo, 8 de março de 2020

As 10 mulheres que mudaram a história.

A LUTA POR IGUALDADE: 10 MULHERES QUE MUDARAM A HISTÓRIA

De Rosa Luxemburgo a Bertha Lutz: Grandes nomes que revolucionaram o mundo pela demanda por maiores direitos
RAPAHELA DE CAMPOS MELLO PUBLICADO EM 08/03/2020

Da esquerda para direita: Flora Tristan e Mary Wollstonecraft
Da esquerda para direita: Flora Tristan e Mary Wollstonecraft - Creative Commons

Segundo a historiadora Luiza Tonon da Silva, muitas foram as mulheres que lutaram para a conquista dos direitos que temos hoje. A maioria é anônima, já que, por muito tempo, a história se mostrou por meio de narrativas masculinas, quase sempre brancos e proprietários.
“Quando uma ou outra mulher era digna de nota, quase nunca vinha do meio de trabalhadores: poucas tiveram seu nome registrado por quem detinha 
a pena da escrita da História”, diz Luiza. Conheça, a seguir, alguns nomes fundamentais na luta feminina pela dignidade no trabalho.
1. Mary Wollstonecraft (inglesa, 1759-1797).

Mary Wollstonecraft / Crédito: Wikimedia Commons


Pioneira do movimento feminista. Desnaturalizou a condição feminina e denunciou a opressão que as mulheres sofriam. Era a favor de mais direitos, como o acesso à educação formal para as mulheres.
2. Flora Tristan (francesa, 1803-1844).

Flora Tristan / Crédito: Wikimedia Commons


Militante socialista e intelectual nos movimentos de trabalhadores, defendia que a emancipação feminina era necessária para emancipar toda a sociedade. E alertava: no casamento, a mulher era a proletária; o homem, o burguês. Numa analogia à sociedade de classes.
3. Clara Zetkin (alemã, 1857-1933).

Clara Zetkin / Crédito: Wikimedia Commons


Professora, jornalista e marxista. Lutou pelas mulheres trabalhadoras não só na Europa mas em todo o mundo. Foi eleita deputada pelo Partido Comunista da Alemanha (KPD) e criadora do jornal A Igualdade, instrumento de educação das mulheres trabalhadoras.
4. Rosa Luxemburgo (polonesa, 1871-1919)

Rosa Luxemburgo / Crédito: Wikimedia Commons


Grande filósofa, economista 
e militante pelos direitos dos trabalhadores. Tornou-se mundialmente conhecida pela militância revolucionária ligada à Social-Democracia da Polônia (SDKP), ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e ao Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD).
5. Alexandra Kollontai (russa, 1872-1952)

Alexandra Kollontai / Crédito: Wikimedia Commons


Líder revolucionária, teórica e militante do marxismo. Primeira mulher embaixadora de um país e uma grande defensora dos direitos das mulheres.
6. Maria Firmina dos Reis (maranhense, 1822-1917)

Maria Firmina dos Reis / Crédito: Wikimedia Commons


Escritora, professora e importante abolicionista. Em 1859, publicou Úrsula, o primeiro romance de uma autora brasileira. Lutou pela igualdade de ensino para meninas.
7. Bertha Lutz (paulista, 1894-1976)

Bertha Lutz / Crédito: Wikimedia Commons


Bióloga e ativista feminista, criadora da Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher e da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF), cuja principal bandeira era o voto feminino. Também ajudou a fundar a União Universitária Feminina, que incentivava o ingresso das mulheres no ensino superior.
8. Laudelina de Campos Mello (mineira, 1904-1991)

Laudelina de Campos Mello / Crédito: Wikimedia Commons


Defensora dos direitos das mulheres e fundadora do primeiro sindicato de empregadas domésticas do país, em 1961. Ela também participou da criação da Frente Negra Brasileira, maior associação da história do movimento negro.
9. Ana Montenegro (cearense, 1915-2006)

Ana Montenegro / Crédito: Wikimedia Commons


Jornalista, poeta, feminista e militante comunista. Fomentava as lutas por direitos por meio de jornais dirigidos às trabalhadoras. Durante a ditadura militar, foi a primeira mulher a ser exilada. Trabalhou em organismos internacionais como a ONU e a Unesco e, em 2005, foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz.
10. Elizabeth Teixeira (paraibana, 1925)

Elizabeth Teixeira / Crédito: Wikimedia Commons


Camponesa e ativista pelo direito à terra. Liderou as Ligas Camponesas no seu município, Sapé (PB), e sobreviveu à repressão na ditadura militar brasileira, vivendo de forma clandestina até 1981.
Essa lista precisa incluir tantas outras anônimas, como as realizadoras da primeira greve geral no país, em 1917, e as muitas mulheres que participaram da União Feminina do Brasil, em 1935, além das inúmeras que lutaram e tombaram na batalha contra a ditadura e pelos direitos dos trabalhadores no período. “Sem falar nas mulheres que continuam firmes e resistentes, batalhando pelo direito a 
uma vida digna, com trabalho, pão, terra, educação, saúde, livre de machismo e de racismo”, salienta Luiza Tonon da Silva.

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