segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Situação dos Estados Unidos, Irã e Iraque em janeiro de 2020.


Abaixo vamos analisar algumas reportagens sobre os últimos acontecimentos entre a situação que envolve os Estados Unidos, o Irã e o Iraque. As reportagens iniciam de baixo para cima com as datas dos acontecimentos e atualizações. Desde o início de Janeiro de 2020, ocorreram fatos que ocuparam as mídias e meios de comunicação em geral.

MANIFESTANTES IRANIANOS DERRUBAM CARTAZES DE QASEM SOLEIMANI NAS RUAS DE TEERÃ

Reação se deu após o país admitir o abatimento de um avião, que causou a morte de 176 pessoas
JOSEANE PEREIRA PUBLICADO EM 13/01/2020
Imagem de Qasem Soleimani carregada em seu funeral
Imagem de Qasem Soleimani carregada em seu funeral - Getty Images

No último domingo (12), manifestantes iranianos saíram às ruas de Teerã para exigir a renúncia do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país. No ato, cartazes com o rosto de Qasem Soleimani foram rasgados em meio a slogans como "Morte ao ditador".
Manifestante com o cartaz de Soleimani / Crédito: Twitter/AlinejadMasih
O ato foi provocado após o governo admitir o abatimento de um jato próximo a Teerã que matou 176 pessoas, incluindo 82 iranianos. No Twitter, usuários postavam vídeos do ato e frases como “"Os guardas revolucionários iranianos estão disparando munição real contra os manifestantes em Teerã" e "Tiros e gás lacrimogêneo foram disparados contra manifestantes iranianos. A República Islâmica recorreu à violência.”
Derrubando o cartaz / Crédito: Twitter/AlinejadMasih
O presidente norte-americano Donald Trump utilizou o ato para se dirigir aos líderes do Irã em um tweet. “Milhares [de manifestantes] já foram mortos ou presos por vocês, e o mundo está assistindo. Mais importante, os EUA estão assistindo. Ligue a internet novamente e deixe os repórteres vagarem livremente! Pare com a morte do seu grande povo iraniano!”, afirmou ele.

PRIMEIRO-MINISTRO IRAQUIANO PRESSENTE "CONFLITO DEVASTADOR" NO PAÍS

“É uma agressão contra o Iraque, seu Estado, seu governo e seu povo”, afirmou Adel Abdul Mahdi após ataque dos EUA em Bagdá
REDAÇÃO PUBLICADO EM 03/01/2020,

Primeiro-ministro iraquiano Abel Adbel Mahdi
Primeiro-ministro iraquiano Abel Adbel Mahdi - Getty Images
Após o ataque aéreo dos EUA em Bagdá, que resultou na morte de Qassen Suleimani, importante general iraniano, o primeiro-ministro do Iraque, Adel Abdul Mahdi, teme que o ataque acabe causando uma guerra devastadora no Iraque.
Mahdi ordenou que os combatentes iraquianos fiquem preparados e afirmou que a ação de Donald Trump pode desencadear um conflito catastrófico. “É uma agressão contra o Iraque, seu Estado, seu governo e seu povo”. Por sua vez, o líder xiita do Iraque, Moqtada Sadr, anunciou a volta das operações de sua milícia anti-americana. 
“O ataque aéreo no aeroporto de Bagdá é um ato de agressão ao Iraque e quebra de sua soberania que levará a guerras no Iraque, na região e no mundo”, afirmou Adel. 
Os EUA derrubaram em 2003 o regime de Saddam Hussein no Iraque, mas movimentos pró-Irã se infiltraram no sistema que fora aplicado pelos americanos depois da queda de Hussein. Irã e Estados Unidos combatiam juntos o Estado Islâmico, aumentando significativamente o arsenal dos iranianos.
nossa fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/primeiro-ministro-iraquiano-pressente-conflito-devastador-no-pais

EMBAIXADA DOS ESTADOS UNIDOS EMITE COMUNICADO PEDINDO QUE CIDADÃOS SAIAM DO IRAQUE

O pronunciamento de autoridades iraquianas preocupou os EUA
REDAÇÃO PUBLICADO EM 03/01/2020
Donald Trump em um de seus encontros presidenciais
Donald Trump em um de seus encontros presidenciais - Getty Images

Após o ataque no aeroporto de Bagdá que resultou na morte de Qassen Suleimani, brigadeiro-general, e do comandante Abu Mahdi al-Muhandis, das Forças de Mobilização Popular (FMP), a Embaixada dos Estados Unidos emitiu um comunicado pedindo para que os cidadãos saiam do Iraque o mais rápido possível. 
“Devido ao aumento das tensões no Iraque e na região, a Embaixada dos EUA pede aos cidadãos americanos que sigam o Aviso de Viagem de janeiro de 2020 e saiam do Iraque imediatamente. Os cidadãos dos EUA devem partir via companhia aérea sempre que possível, e, na sua falta, para outros países via terra”, disse o comunicado.
A preocupação se deu, principalmente, após o pronunciamento do primeiro-ministro iraquiano Adel Abdul Mahdi. “O ataque aéreo no aeroporto de Bagdá é um ato de agressão ao Iraque e quebra de sua soberania que levará a guerras no Iraque, na região e no mundo”, afirmou Adel. 
Além disso, Qais al-Khazali, comandante de milícia iraquiana, alertou que as tropas deveriam estar preparadas para uma “próxima batalha” e ressaltou que a permanência de combatentes dos EUA no Iraque vai deixar de existir.

APÓS ATAQUE DOS ESTADOS UNIDOS, LÍDER SUPREMO DO IRÃ PROMETE VINGANÇA IMPLACÁVEL

Diante do episódio que tirou a vida do general Qassen Suleimani, o aiatolá oficializou três dias de luto nacional
REDAÇÃO PUBLICADO EM 03/01/2020.

Ali Khamenei conhecendo estudantes em Teerã
Ali Khamenei conhecendo estudantes em Teerã - Getty Images

Após o ataque com míssil dos Estados Unidos que tirou a vida de Qassen Suleimani, brigadeiro-general que comandava uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã, Ali Khamenei, líder supremo do Irã, prometeu uma vingança severa. 
Diante do óbito de Qassen, o aiatolá oficializou três dias de luto nacional. Suleimani era um importante general no Irã. Ele representava as forças armadas do país desde 1990. No ano de 2017, foi eleito como uma das cem pessoas mais relevantes do mundo pela revista Time. 

O general Qassen Suleimani / Crédito: Getty Images

“O martírio é a recompensa por seu trabalho incansável durante todos estes anos. Se Deus quiser, sua obra e seu caminho não vão parar aqui e uma vingança implacável espera os criminosos que encheram as mãos com seu sangue e a de outros mártires”, relatou Khamenei através de sua conta no Twitter. 
Ao menos oito pessoas morreram no ataque, entre elas o também comandante Abu Mahdi al-Muhandis, das Forças de Mobilização Popular (FMP).
nossa fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/apos-ataque-dos-estados-unidos-lider-supremo-do-ira-promete-vinganca-implacavel

TRUMP AFIRMA QUE ATAQUE EM BAGDÁ FOI NECESSÁRIO PARA “CONTER O TERROR”

Após ataque em Bagdá que tirou a vida do general Qassen Suleimani, o presidente dos EUA relatou que "O mundo é um lugar mais seguro sem esses monstros"
REDAÇÃO PUBLICADO EM 03/01/2020
Donald Trump em aparição pública
Donald Trump em aparição pública - Getty Images
Após o ataque realizado pelos EUA no aeroporto de Bagdá, que resultou na morte do general Qassen Suleimani e outras oito pessoas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que o ato foi necessário para, de acordo com suas próprias palavras, “conter o terror”.
Durante um pronunciamento que ocorreu na tarde desta sexta-feira, 3, Trump afirmou que o país não tem a intenção de iniciar um conflito no Oriente Médio."Não procuramos mudanças de regime", explicou Trump. "No entanto, a agressão do regime iraniano na região, incluindo o uso de pessoas para desestabilizar seus vizinhos, deve terminar, e deve terminar agora".
Em nota, o Pentágono relatou que Suleimani foi responsável pelo óbito de americanos no Irã e que o objetivo do presidente era evitar possíveis planos de ataque no futuro. "O general Suleimani estava desenvolvendo ativamente planos para atacar diplomatas e militares americanos no Iraque e em toda a região", afirmou o comunicado oficial.
"Recentemente, Soleimani liderou a brutal repressão de manifestantes no Irã, onde mais de mil civis inocentes foram torturados e mortos por seu próprio governo", alegou o presidente hoje. 
Suleimani era uma autoridade de influência máxima no Irã. Ele representava as forças armadas do país desde 1990 e também foi eleito em 2017 como uma das cem pessoas mais relevantes pela revista Time. O episódio pode aumentar as tensões entre o Irã e os Estados Unidos.

O QUE MOTIVOU O ATAQUE DOS ESTADOS UNIDOS AO IRÃ?

Uma histórica e conturbada relação que envolve controle geopolítico, poderio do petróleo do Oriente Médio e imperialismo estadunidense resulta em consequências mundialmente drásticas
ISABELA BARREIROS PUBLICADO EM 03/01/2020
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - Getty Images
A conturbada relação entre os Estados Unidos e o Irã é histórica. Há décadas, os dois países alimentam um clima de hostilidade recíproca, agravado pela guerra imperialista do primeiro em uma escalada pelo petróleo da região do Oriente Médio.
ataque estadunidense ao Aeroporto de Bagdá, no Iraque, que aconteceu nesta quinta-feira, 2, é mais um dos episódios dessa trajetória conturbada. A ação aérea realizada via drones causou a morte de pelo menos oito pessoas, incluindo um dos homens mais importantes do Irã na atualidade.
Qasem Soleimani era o comandante da Força Revolucionária da Guarda Quds. Além disso, foi um dos principais responsáveis pela derrota do Estado Islâmico na guerra que acontecia na Síria, que causou a morte de milhares de pessoas. 

Qasem Soleimani, morto pelo ataque terrorista dos Estados Unidos / Crédito: Getty Images

Mas porque os Estados Unidos resolveram investir contra o Irã? Outros acontecimentos recentes vêm aumentando a tensão entre os dois países. De acordo com os EUA, o Irã foi responsável por uma invasão à embaixada estadunidense em Bagdá no começo desta semana. O país acusado, porém, nega a autoria do ataque. 
Em nota, o governo norte-americano afirmou que "Soleimani estava desenvolvendo planos para atacar diplomatas americanos e membros do serviço no Iraque e em toda a região”. 
O Pentágono também informou que "sob a ordem do presidente [Donald Trump], as Forças Armadas dos EUA agiram defensivamente para proteger os cidadãos norte-americanos no exterior ao matar Qasem Soleimani. Este ataque teve como objetivo impedir futuros planos iranianos de ataque".
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, em resposta à medida terrorista, afirmou que "uma vingança severa aguarda os criminosos". O dirigente também anunciou que o Irã teria três dias para despedir-se de Soleimani, por meio de um decreto de luto nacional. 
Após a operação, Donald Trump postou em sua conta no Twitter a bandeira de seu país. 

Crédito: Twitter

Em 29 de novembro de 2011, ele também tuitou que “in order to get elected, @BarackObama will start a war with Iran”, ou seja, para ser reeleito no cargo de presidente da República, o então presidente Barack Obama começaria uma guerra com o Irã. 
Em 2019, o presidente parece seguir o mesmo caminho da tradição norte-americana que mantém políticos que começam conflitos armados no poder, apelando ao patriotismo dos cidadãos mais republicanos e conservadores.

GENERAL IRANIANO É MORTO POR MÍSSIL DOS ESTADOS UNIDOS.

O brigadeiro Qassen Suleimani era autoridade de alto nível no Irã. Pentágono confirma o ataque
JOSEANE PEREIRA PUBLICADO EM 03/01/2020
General-brigadeiro Qassen Suleimani
General-brigadeiro Qassen Suleimani - Reprodução/Youtube
Na madrugada desta sexta-feira (3), um ataque com míssil dos Estados Unidos próximo ao aeroporto de Bagdá resultou na morte de Qassen Suleimani, brigadeiro-general que comandava uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã. Ao menos oito pessoas morreram no ataque, entre elas o também comandante Abu Mahdi al-Muhandis, das Forças de Mobilização Popular (FMP).
Suleimani estava por trás da estratégia militar e geopolítica iraniana / Crédito: Reprodução/Youtube

A responsabilidade pelo ataque foi confirmada pelo Pentágono. "O general Suleimani estava desenvolvendo ativamente planos para atacar diplomatas e militares americanos no Iraque e em toda a região", afirmou o comunicado oficial. "Este ataque teve o objetivo de prevenir futuros planos de ataque do Irã".
Soleimani em uma foto de arquivo de 2016 / Crédito: Reprodução/Youtube

Suleimani era uma autoridade de grande importância no Irã, representando as forças armadas do país desde 1990 e sendo eleito em 2017 como uma das cem pessoas mais relevantes do mundo pela revista Time. Podendo acirrar o conflito bélico entre Irã e Estados Unidos, o ataque foi feito por ordem direta do presidente Donald Trump, segundo confirmação da Casa Branca.

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