PAX ROMANA: NESTE DIA, EM 27 A.C., TINHA INÍCIO O IMPÉRIO ROMANO
Recebendo o título de Augusto pelo senado, Caio Júlio César Otaviano inaugurou a passagem da República ao Império
JOSEANE PEREIRA PUBLICADO EM 16/01/2020
Conhecido como o Primeiro Imperador de Roma, Caio Júlio César Otaviano recebeu o título de Augusto em 16 de janeiro de 27 a.C. Terminando apenas com sua morte, no ano 14 d.C., o reinado de Otaviano ficou conhecido por expandir as fronteiras imperiais e iniciar uma era de prosperidade conhecida como Pax Romana.
Três Homens
Caio Júlio, pertencente à família plebeia dos Otávios, foi nomeado filho adotivo e herdeiro de seu tio-avô Júlio César após sua morte em 44 a.C. Na época, a República Romana adotava o Triunvirato como organização política, onde poderes universais eram concedidos a três homens durante o período de cinco anos.
Junto a Lépido e Marco Antônio, Otaviano formou o Segundo Triunvirato, tendo como principal ação derrotar os assassinos de seu tio-avô na Batalha de Filipos, dando fim ao período de crises que marcou a passagem de poder. Enquanto Otaviano era o herdeiro de César, Lépido e Antônio eram dois de seus maiores comandantes. Os três dividiram a República entre si, governando como ditadores em cada um de seus territórios.
Mas o triunvirato rapidamente se desfez: após uma derrota em batalha, Marco Antônio cometeu suicídio. E Lépido, que era uma figura de consenso entre os dois líderes inimigos, foi afastado do poder e exilado de Roma. Com isso, Otaviano ficou sozinho para reinar sobre a República como um ditador.
Poder soberano
Investindo seu poder no senado romano, Otaviano concentrou em si mesmo o poder de Comandante Militar, Tribuno e Censor. A criação de um programa de previdência pública fez com que todo o Exército ficasse ao seu lado, tornando-o também o comandante-chefe das Forças Armadas. Denominando a si mesmo como Princeps Civitatis, ou "Primeiro Cidadão do Estado", ele iniciou a primeira fase do Império Romano sob o título de Augusto.
Seu reinado instaurou um longo período de paz, assegurada através de armas e totalitarismo. Esse período duraria até a morte de Marco Aurélio, em 180 d.C., e ficaria marcado por uma atmosfera de segurança nas regiões dominadas por Roma, onde o maior medo eram as invasões dos povos “bárbaros” que viviam nas fronteiras do Império, drasticamente aumentadas por Otaviano.
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