"CRISTO GUERRILHEIRO": A IMAGEM DE MÁRTIR DE CHE GUEVARA
Assassinado aos 39 anos, o guerrilheiro defendeu suas crenças até o último minuto, sendo eternizado pelos seus seguidores
REDAÇÃO PUBLICADO EM 07/12/2019

Não há como citar o nome do mais notório guerrilheiro do mundo, o símbolo do comunismo ocidental, Che Guevara, sem suscitar paixões. Há quem o defenda fortemente como o herói que lutava contra a injustiça social; há quem o condene como grande arruaceiro e até mesmo criminoso sem escrúpulos. Gostando ou não de sua história, não há como negar: Che é um mito, que passou a vida lutando pelos ideais revolucionários.
Sua prisão e consequente execução são momentos nebulosos, envoltos em mistério. E é esse o foco da obra Caçando Che, dos jornalistas Mitch Weiss e Kevin Maure: o processo de captura do comunista mais famoso da segunda metade do século 20, do momento da escolha da equipe que lideraria a missão até o treinamento de camponeses bolivianos simplórios para se tornarem parte do grupo que deveria capturálo. A missão era monitorada secretamente pela Casa Branca e pelo Pentágono e contava também com o apoio da CIA.

Che Guevara nasceu em Rosário, na Argentina, filho de classe média. Formou-se médico, mas desde jovem se interessou pela revolução social. Foi um dos líderes da Revolução Cubana. Percorreu a América Latina com seus ideais comunistas e passou a ser perseguido.
No último país em que esteve, a Bolívia, entrou com passaporte uruguaio falso, com nome de Adolfo Mena González, preparado para promover a revolução comunista que unificaria o continente. Mas ali não obtém apoio nem dos locais nem do governo, sendo capturado finalmente.

O livro relata com detalhes a chegada de Che à Bolívia, sua captura e como o conhecido desfecho mudou a História. Os autores se valeram de relatórios do governo, documentos oficiais e de relatos de testemunhas para reconstruir os bastidores do percurso que a missão de captura do guerrilheiro percorreu para chegar ao sucesso da empreitada na selva boliviana.
O Exército boliviano, sem querer, havia dado ao mundo a imagem de um mártir, um "Cristo guerrilheiro" assassinado muito jovem, com apenas 39 anos, e imolado por defender suas crenças até o último suspiro.
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