quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

As piores epidemias da História.

DA PESTE NEGRA A MALÁRIA: AS PIORES EPIDEMIAS DA HISTÓRIA

Ao longo dos séculos, locais muito povoados foram arrasados por males estranhos e mortes em escala
CLAUDIA DE CASTRO LIMA PUBLICADO EM 25/12/2019

Médicos da peste negra
Médicos da peste negra - Getty Images

Varíola — 1550 a.C.
O primeiro vestígio da doença foi encontrado numa múmia da 18ª dinastia egípcia (1550-1307 a.C.). No ano 700, no Japão, ela matou vários membros da família imperial Fujiwara, criando um fervor religioso que facilitou a difusão do budismo. No século 16, transmitida pelos espanhóis, a varíola atacou maciçamente os astecas.
Praga de Atenas — 430 a.C.
Durante o apogeu cultural e político da principal cidade-estado da Grécia, que inclui um embrião da democracia, surgiu uma doença conhecida como a “grande praga de Atenas”, ainda não identificada. Com sintomas da varíola, da peste bubônica e do tifo, este mal favoreceu a derrota dos atenienses contra Esparta, na Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.).
Malária — século 3
Foi registrada pela primeira vez como epidemia entre os romanos, que passaram a aterrar pântanos (devido à sua associação com terrenos alagados), na tentativa de afugentar os “maus ares” – daí o nome da doença. Era tão comum na região, que chegou a ser conhecida como “febre romana”. Ainda hoje, 250 milhões de pessoas contraem malária anualmente.
Lepra — século 12
Durante as Cruzadas, a doença se difundiu fortemente pela Europa. Como os guerreiros cristãos eram grande parte dos infectados, os doentes passaram de renegados socialmente a santos, cuja mão era beijada pelos fiéis. Esse costume fez muitas pessoas vulneráveis à doença contraírem-na, o que obrigou a construção de milhares de leprosários na Europa.
Peste Negra — 1347
Depois de matar 10 mil pessoas por dia em Constantinopla no século 6, a peste bubônica provocou a mais mortal epidemia da história. Facilmente transmitida pelos ratos e pulgas nos burgos fechados e fétidos da Europa, fez 25 milhões de vítimas em cinco anos. Em 1563, a moléstia voltou a atacar em Londres, matando um terço da população da cidade.
Sífilis — 1494
Essa doença venérea apareceu entre os marinheiros de Cristóvão Colombo e entre nobres europeus como o rei Carlos VIII, da França, e Henrique VIII, da Inglaterra. Nos séculos seguintes, espalhou-se de forma devastadora entre os exércitos francês, espanhol, austríaco e italiano.
Tifo — 1805
Durante a invasão de Napoleão a Viena, uma epidemia de febre tifoide alastrou-se pela Europa central. Em 1812, aliada à fome, ao frio e à disenteria, a febre poupou apenas 30 mil dos 600 mil soldados franceses na Rússia. A transmissão ocorre por piolhos que parasitam animais e contaminam o homem.
Cólera — 1832
Com a urbanização, combates em trincheiras e facilidades no transporte, o século 19 foi amplamente atacado por epidemias. Entre elas, o cólera fez vítimas quase em todo o mundo: Europa, Ásia e América. Apesar da descoberta da água como meio de contaminação, a falta de saneamento básico faz a doença persistir até hoje.
Gripe espanhola — 1889
A influenza, que nos assusta até hoje, foi registrada pela primeira vez na Espanha, ainda no século 19, mas só tomaria grandes proporções durante a Primeira Guerra, atacando as tropas na Europa. De lá, se espalharia pelos cinco continentes, inclusive para o Brasil.
Até 1919, matou mais de 20 milhões de pessoas no mundo todo.

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