Os recentes ataques às mais importantes refinarias petrolíferas da Arábia Saudita colocaram as autoridades dos Estados Unidos em alerta. O atentado resultou em uma disparada de preços dos barris de petróleo no mercado internacional, fazendo com que o presidente Donald Trump afirmasse que, se for necessário, ele autoriza o uso de uma reserva estratégica de combustível. Esse estoque, que equivale a 640 milhões de barris, está armazenado em cavernas subterrâneas no Texas e na Louisiana.
Desde os anos 1970, quando houve uma grande crise do petróleo, que os Estados Unidos mantêm essa reserva de emergência. Naquela época, um corte no fornecimento do combustível por parte de países do Oriente Médio fez com que os preços do barril subissem vertiginosamente, disparando de cerca de US$ 3 para quase US$ 12. A medida foi tomada como retaliação pelo apoio dos EUA a Israel na Guerra Árabe-Israelense.
Em 1975, por meio de uma lei, o congresso dos Estados Unidos aprovou a criação da reserva emergencial, para se precaver de outras crises. Desde então, milhares de barris de petróleo passaram a ser estocados em cavernas de sal construídas pelo homem. Cada uma delas pode armazenar de 6 a 35 milhões de barris.
O combustível é armazenado em instalações subterrâneas porque é mais barato e mais seguro do que guardá-lo na superfície. A composição química do sal e a pressão geológica também evitam o vazamento de óleo. De acordo com a lei, essa reserva de petróleo só pode ser utilizada em caso de "grave interrupção no fornecimento de energia".
Depois de sua criação, a reserva já foi utilizada algumas vezes. Em 1991, George Bush autorizou seu uso durante a Guerra do Golfo. Já seu filho, George W. Bush, permitiu a comercialização de 11 milhões de barris após o furacão Katrina atingir os EUA. A reserva foi acionada pela última vez em 2011, devido aos problemas de fornecimento causados pela Primavera Árabe. Nos últimos anos, estuda-se a venda de parte das reservas para auxiliar a conter o déficit federal.
Fonte: BBC
Imagem: Shutterstock.com
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