Em 26 de abril de 1986, na antiga Ucrânia soviética, acontecia o infelizmente famoso acidente de Chernobyl. Um teste falho de segurança foi o que causou a explosão do quarto reator da central nuclear Vladímir Ilich Lenin.
Hoje, a paisagem que circunda a antiga usina nuclear é aterrorizante. A localidade de Pripyat, na qual chegaram a morar 50 mil pessoas, em sua grande maioria trabalhadoras da usina, é atualmente uma cidade-fantasma, com cenários pós-apocalípticos, entre o abandono e a vegetação crescida. O local permanecerá inabitável por milênios, já que os elementos radiativos provenientes da explosão levarão 24 mil anos para desaparecer.
O curioso é que, em virtude da estreia de uma série televisiva que relata o acidente de Chernobyl, o turismo a essa região aumentou enormemente. Segundo agências de viagem, as visitas à fábrica e à cidade de Pripyat cresceram cerca de 40%. O tour guiado custa 100 dólares por pessoa.
A temida Zona de Exclusão (2600 km2 ao redor do reator número 4, que explodiu) foi liberada para visitação desde 2002, mas a segurança sobre essas visitas ainda é fonte de dúvidas. As agências de turismo fornecem máscaras e medidores de radiação aos turistas. Além disso, é proibido encostar em qualquer coisa ou ser vivo, seja uma parede, um objeto abandonado, uma planta, um animal ou uma pedra do chão.
No passeio, os turistas saem de ônibus do centro de Kiev até Chernobyl, um caminho de cerca de 120 quilômetros. Há uma parada para visitar o monumento às vítimas e alguns povoados abandonados. Depois, os turistas se aproximam do reator número 4, que está coberto por uma cúpula de metal, e terminam o dia com uma visita a Pripyat.
Além das questões envolvendo a segurança, há o debate sobre a ética daqueles que visitam o local. Muitos turistas postam nas redes sociais fotos descontraídas e desafiando não só as regras de seguranças como o respeito em memória as vítimas das tragédia, seja tirando a roupa no local ou tocando as superfícies contaminadas por níveis mortais de radiação.
Fonte: CNN
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