A lenda diz que Atlântida era uma terra de maravilhas, cheia de prodígios e avanços tecnológicos inimagináveis, mas que um dia foi tragada pelo mar. Durante séculos, centenas de pessoas procuraram Atlântida sem sucesso. No entanto, em 1999, o arqueólogo francês Franck Goddio descobriu outra cidade maravilhosa embaixo do mar que a história havia esquecido: Thonis, ou, como os gregos a chamavam em homenagem a Hércules, Heracleion.
Thonis era uma cidade portuária do período faraônico do Egito. Era tão importante que em seu templo os novos faraós recebiam o poder divino de Amon e legitimavam seu reinado. No entanto, Thonis, cheia de riquezas e de maravilhas, não foi páreo para a natureza. Acredita-se que algum cataclismo a afundou nas águas do Mar Mediterrâneo no século II a.C., durante o período helenístico, após a conquista do Egito por Alexandre, o Grande.
Sua descoberta deu lugar a uma série de achados de valores incalculáveis: quilômetros de casas, templos e edifícios públicos; estátuas colossais; vasos; ouro; bronze; moedas e joias; um monólito mais antigo que a pedra de Roseta e quase 70 embarcações, entre as quais foi encontrado o primeiro “Bari”, um tipo de embarcação descrita por Heródoto e que era considerada um mito, além do único barco sagrado encontrado deste período. Thonis, ou Heracleion, foi submersa há mais de 2000 anos, mas agora vive um segundo esplendor, graças à arqueologia.
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