domingo, 21 de abril de 2019

O que se sabe sobre os ataques terroristas a católicos no Sri Lanka, neste domingo de Páscoa.

ATAQUES TERRORISTAS

Por volta das 8h45 da manhã (0h05 de Brasília) durante as celebrações da Páscoa, seis explosões em Igrejas Católicas e hotéis de luxo ocorreram no Sri Lanka (antigo Ceilão), nas cidades de Colombo (capital do país), Katana (oeste) e Batticaloa (leste).
 As autoridades divulgaram um saldo de 207 mortos até o momento e mais de 450 feridos.
 O presidente do país, Harsha de Silva,  declarou em sua conta no Twitter ter visto “cenas horríveis” com “muitas partes de corpos espalhados por todo o lugar”.
Algumas horas depois dos ataques, dois homens-bomba se explodiram no subúrbio da capital, matando três policiais e deixando vários feridos. De acordo com a polícia, estes homens estariam fugindo dos ataques. 7 pessoas suspeitas foram presas. Há um toque de recolher e o acesso a serviços de internet no país está parcialmente bloqueado. A polícia afirma que todos os suspeitos possuem ligações com grupos extremistas, sem informar quais. Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do ataque.
Mapa religioso no Sri Lanka
  • Budistas: 70,2%
  • Hindus: 12%
  • Muçulmanos: 9,7%
  • Cristãos 7,4 % (dentre os quais, 82% são Católicos Romanos)
 Embora confrontos entre grupos de budistas e mulçumanos tenham ocorrido em 2018, o país é considerado pacífico e seguro para turistas. Há 10 anos o país não sofria com ataques violentos nessa escala.  As explosões de hoje ocorrem 1 mês antes do aniversário do final da Guerra Civil do Sri Lanka.
 A Guerra Civil no Sri Lanka 1983-2009
O Sri Lanka viveu um período de 26 anos de guerra civil entre o grupo armado Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTE) e o governo. O conflito acabou em 18 de maio de 2009, deixando um rastro de mais de 40 mil civis mortos, de acordo com a ONU.  
O grupo pregava a criação de um Estado independente para o povo tâmil que vive no Sri Lanka, etnia originária de Tamil Nadu, sudeste indiano. No Sri Lanka estão localizados principalmente no nordeste país e representam 12% da população.
Fontes: CNN / ONU
Imagem: Twitter / Harsha de Silva (@HarshadeSilvaMP) 

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