terça-feira, 2 de outubro de 2018

Reinos Africanos: Reino da Núbia e o Reino de Kush.


REINOS AFRICANOS.

O REINO DA NÚBIA.

A Núbia ficava onde hoje é o Sudão, próximo ao Egito. Os núbios e os egípcios tiveram relações políticas e comerciais, por isso ainda encontram vestígios desses povos juntos. Os núbios viviam da caça, pesca e criação de gado em aldeias pelo Nilo. Depois da escrita e da unificação do Egito em 3.200 a.C.,essas culturas começaram a se separar. Os núbios continuaram com suas aldeias e seus chefes. A tradição continuou a ser passada por contos dos mais velhos nas conversas com os mais jovens.

O REINO DE KUSH.

Inicia na Núbia em 2.000 a.C.. Seu apogeu foi entre 1780 a.C. e 1580 a.C., quando o Egito estava dominado pelos hicsos. O governo de Kush era uma monarquia. Ocuparam um pedaço do território egípcio e governaram sobre os egípcios e os cuxitas. Tiveram governantes cuxitas. Em 591 a.C., foram conquistados pelos egípcios. Os cuxitas mudaram sua capital de Napata para Méroe. Não se sabe o fim deles. Sabe-se que Kush foi empobrecendo e em 330 foram conquistados pelo Reino de Axum da Etiópia. A escrita dos cuxitas é a meroíta, mas ainda não foi decifrada. O poder era do rei, mas tinham governadores para as províncias, guardas de proteção, funcionários, chefe do tesouro, chefe do celeiro, escriba mor e comandante militar. Quando precisavam guerrear, todos os homens eram recrutados. O exército tinha infantaria e cavalaria. O rei era escolhido como o melhor da comunidade e consultando o deus deles por adivinhação. Jogavam sementes no chão para ver a resposta. O povo fazia uma procissão e coroava o rei. O rei cuxita foi Aspelta(593-568 a.C.). As mulheres eram importantes e ocupavam cargos de responsabilidade. Também participavam da política. Administravam o reino com o filho e a nora. Algumas chegaram a comandar batalhas contra outros povos. Também enfrentaram romanos. A rainha mãe ganhava o título de Senhora de Kush ou Candace. A rainha mais famosa de kush foi Amanishaketo (42-12 a.C.), que também usava o título de gere (chefe). Provável que ela tenha enfrentado o império romano.
Em 21 a.C., conseguiu que o Imperador Romano Augusto aceitasse um acordo de paz e os cuxitas não pagariam impostos aos romanos. Kush foi governado por reis e rainhas da mesma família. O que pode ter ajudado esse reino a durar tanto foram: a escolha dos reis, o controle da monarquia sobre as riquezas minerais e a participação da mulher no poder. Viviam da agricultura aproveitando as cheias do Nilo. Primeiro foi um reino pastorial, depois criaram gado. A quantidade de cabeças de gado, mostrava se a pessoa era rica. Também criavam cabras, cabritos, cavalos e burros. Em Méroe foi mais fácil para a agricultura. Cultivavam trigo, cevada, milho, tâmaras e uvas. Também cultivaram algodão que foi uma das mais importantes fontes de riqueza. A mineração era abundante no território, principalmente o ouro. O ouro cuxita era exportado para o Egito e para Roma. O solo também tinha pedras preciosas. Existe a hipótese de que eles também manuseavam o ferro. As cidades foram crescendo. Os reis eram enterrados em Napata. Construíram fortalezas ao longo das rotas comerciais para proteger as caravanas. Os artesãos cuxitas destacaram-se bons ferreiros, outros trabalhavam com couro, os marceneiros com móveis, os tecelões com tecidos, os ceramistas com cerâmica e os joalheiros com jóias.

Hoje, a região é o Sudão, o maior país da África. Sofrem conflitos religiosos e étnicos. Ocorre o desemprego, a guerra e a fome. A maioria é muçulmana, 10 % são cristãos e 20% são de crenaçs africanas tradicionais. Vivem lá, núbios, árabes e outros povos. A língua oficial é o árabe, mas a metade fala outros dialetos africanos. A capital é Omdurman e fica as margens do Nilo.    


Nenhum comentário:

Postar um comentário