É uma lenda afro-cristã. Contada no final do século XIX pelos brasileiros que
defendiam o fim da escravidão. Popular na região Sul
do Brasil.
Na versão da lenda de João
Simões Lopes Neto, o menino é negro e pequeno, escravo de um
estancieiro mau; este menino não tinha padrinhos nem nome, sendo conhecido como Negrinho,
e se dizia afilhado da Virgem Maria. Após perder uma corrida e
ser cruelmente punido pelo estancieiro, o Negrinho caiu no sono, e perdeu o
pastoreio. Ele foi castigado de novo, mas depois achou o pastoreio, mas, caindo
no sono, o perdeu pela segunda vez. Desta vez, além da surra, o estancieiro
jogou o menino sobre um formigueiro, para que as formigas o comessem, e foi
embora quando elas cobriram o seu corpo. Três dias depois, o estancieiro foi
até o formigueiro, e viu o Negrinho, em pé, com a pele lisa, e tirando as
últimas formigas do seu corpo; em frente a ele estava a sua madrinha, a Virgem
Maria, indicando que o Negrinho agora estava no céu. A partir de então, foram
vistos vários pastoreios, tocados por um Neguinho, montado em um cavalo.
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