sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Os Letrados do Brasil Imperial.


A educação foi um ponto ideológico da política imperial. Pois quase toda a elite possuía estudos superiores, tinham melhor acesso e condições enquanto que os outros eram simplesmente um bando de analfabetos. A educação era basicamente jurídica e fornecia conhecimentos e certas habilidades. Os governos de Portugal e do Brasil é que detinham o poder perante as Universidades. As orientações eram marcadas pelo direito romano assim como ainda o é pois este é um dos legados que herdamos do Império Romano. Os jesuítas até tinham um certo controle e a freqüência era obrigatória para aqueles que quisessem cursar leis. Quando os jesuítas foram expulsos de Portugal reformaram a educação em todos os níveis e criaram aulas régias de latim, grego e etc. Seu objetivo era colocar a educação em condições de ser útil ao esforço de recuperar a economia. "Puro interesse". Esperavam contribuições para a renovação e inovação de exploração de recursos nas colônias, principalmente no Brasil. Rousseau e Voltaire eram proibidos na nova ordem. As reformas de Pombal produziram um notável grupo de cientistas com muitos brasileiros, mais é claro que a maioria trabalhava para o governo, ou seja ganhavam o incentivo ao estudo, mas prestavam contas para o governo de Lisboa, estas contas eram informes sobre as riquezas do Brasil. Pombal criou uma alternativa para que a nobreza pudesse escolher algo que não fosse jurídico ou eclesiástico. No Brasil, foi criado um imposto que não era cobrado ou era desviado para Portugal, os melhores professores não permaneciam nos postos por causa dos baixos salários. "Parece que isso não mudou muito". O número de aulas era pequeno e a educação formal era dado nas escolas religiosas.

O governo português não queria permitir a instalação de instituições de ensino superior nas colônias. "Política sistemática". Já a Espanha permitiu desde o início a implantação de universidades nas colônias. Necessidade de formar quadros religiosos para a propagação da religião. A característica básica era a religiosa. Enquanto que na Espanha as conseqüências foram importantes para a formação da elite. As escolas eram dedicadas a formação da elite política depois da independência. As famílias de recursos tinham acesso a educação superior e escolher o tipo de curso que queriam seguir, passariam por um seminário ou algo parecido e depois iriam para a Europa para se especializarem. 

Outra alternativa para os ricos era a escola Naval, o ensino era gratuito mas faziam um recrutamento seletivo com a exigência de custosos enxovais. Menciona-se a presença de estudantes de cor e um professor que recusou-se a cumprimentar alegando que negro não podia ser doutor. A elite era altamente educada e se alguém tinha mais de um diploma dariam preferência que contribuíssem para sua socialização política, mais é claro que sempre o direito teria preferência acima de todas as outras. "Como até hoje existe um certo preconceito com quem não faz direito ou outra faculdade de nome enfático". Já uma mera historiadora como eu tenho que ouvir "História? mais isso não dá dinheiro, não dá status." A população escrava era totalmente analfabeta, tanto é que o autor mostra uma porcentagem de 99,9%. A elite tinha razões para transferência como atritos com os professores, menor rigor do ensino, dificuldades de aprovação e por que buscavam uma vida melhor e mais fácil. A elite política no final do período era composta na maioria de advogados mas, antes eram os magistrados que dominavam.

Prof. Vanessa de História.

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