terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Após cinco séculos, cientistas identificam doença que acabou com os astecas.


Um dos períodos históricos mais ricos da humanidade ainda guarda muitas respostas até hoje. A era Pré-Colombiana, que abrigou os impérios Inca, Maia, Asteca e Olmeca, é motivo de estudos há muitos anos de pesquisadores de várias partes do mundo que buscam descobrir como era a vida antes da chegada dos colonizadores europeus a partir do século XV.
Agora, com quase um século de pesquisas, historiadores conseguiram descobrir o que dizimou o povo asteca em 1545, poucos anos após a chegada de Hernán Cortés ao México. Para contar melhor essa história, voltaremos um pouco no tempo para contextualizar o que acontecia na região.
Estamos em 1519, na cidade de Tenochtitlan, coração do Império Asteca, e a população total é de aproximadamente 30 milhões de pessoas. O conquistador espanhol Hernán Cortés desembarca na região mesoamericana, onde está localizado o México, e é recebido pelo imperador Moctezuma II, que lhe dá o status de Deus. No final do século, restavam pouco mais de 2 milhões de astecas.
As guerras de conquista provocaram muitas mortes, mas as doenças trazidas pelos colonizadores, como varíola, sarampo, tifo e caxumba tornaram-se epidemias e dizimaram a população em poucos anos. Com febres altas e sangramento nos olhos, boca e nariz, a “cocoliztli” (como ficou conhecida entre os nativos) matava em três ou quatro dias. Esta doença, que dizimou quase 80% da população local, é a segunda epidemia que mais matou no mundo, atrás apenas da Peste Negra, que matou 25 milhões de europeus no século XIV.
Até mesmo na época, médicos diziam que a cocoliztli não tinha sido causada pelas doenças mais conhecidas, como malária e varíola. Para solucionar esta dúvida, especialistas analisaram quase 30 corpos enterrados na localidade de Yucundaa-Teposcolula, em Oaxaca, no México, por alguns anos. Após vários exames, como datação de carbono e até DNA, os pesquisadores encontraram vestígios da bactéria Salmonella entérica, Paratyphi C – a salmonela.
Esse tipo de salmonela é muito raro atualmente, e os poucos casos registrados hoje, na Ásia e na África, mostram que causa febre entérica na pessoa que contrai o vírus. Agora, os pesquisadores estão tentando descobrir como a bactéria chegou à América. A principal tese é de que a doença tenha viajado com animais domésticos trazidos pelos conquistadores, e se espalhado entre a população local pela água e por alimentos contaminados.
nossa fonte: https://www.traduzca.com/apos-cinco-seculos-cientistas

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