terça-feira, 13 de outubro de 1992

Novo pterossauro é batizado em homenagem a mulher maravilha.

NOVO PTEROSSAURO BRASILEIRO É BATIZADO EM HOMENAGEM À MULHER-MARAVILHA

É no nordeste do país que os fósseis mais bem preservados desses animais costumam ser encontrados
Novo pterossauro brasileiro é batizado em homenagem à Mulher-Maravilha-0
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Pesquisadores acabam de classificar uma nova espécie de pterossauro que viveu no Nordeste do Brasil. Primos distantes dos dinossauros, esses répteis foram os primeiros vertebrados a alcançar os céus, sendo capazes de voar aproximadamente 80 milhões de anos antes das aves. A nova espécie foi batizada de Kariridraco dianae em homenagem a uma tribo indígena e à Mulher-Maravilha.

Origem dos tapejarídeos

A espécie foi descrita por pesquisadores da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA-RS) e do Museu Nacional (RJ). O nome "Kariridraco" vem dos índios Kariris e de draco, palavra latina para dragão. Já o "dianaeé uma referência à Diana Prince, identidade secreta da Mulher-Maravilha das histórias em quadrinhos. Isso porque Gabriela Menezes Cerqueira (UNIPAMPA/UFSM), primeira autora do trabalho, é fã da personagem.

É na região da Chapada do Araripe (localizada na divisa do Ceará, Pernambuco e Piauí) que os fósseis mais bem preservados de pterossauros costumam ser encontrados. Esses animais alados podiam chegar ao tamanho de pequenos aviões. O novo estudo, além de descrever o Kariridraco dianae também traça a origem dos tapejarídeos, um estranho grupo de pterossauros que ostentavam imensas cristas em suas cabeças. 

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O estudo indica que os tapejarídeos provavelmente se originaram na América do Sul, posteriormente se espalhando por todo o planeta. Fósseis desses animais são encontrados em lugares tão longínquos quanto a China e o Marrocos. “O novo bicho, assim como os demais tapejarídeos, também possuía uma bizarra crista óssea no topo do crânio. Nossa melhor hipótese é a de que o animal usava a estrutura para atrair parceiros e se comunicar com outros da mesma espécie”, disse Gabriela.

Embora conhecido apenas pelo seu crânio e algumas vértebras do pescoço, os cientistas estipulam que o animal poderia chegar até a três metros de envergadura. Seu bico sem dentes era adaptado para buscar alimentos à beira d’água, semelhante ao comportamento das garças modernas. O novo fóssil está depositado no Museu de Paleontologia de Santana do Cariri (CE), bem próximo do local onde foi encontrado.

Fontes: Universidade Federal do Pampa e O Povo

Imagens: Júlia D'Oliveira/UNIPAMPA

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