João Cândido, terceiro da esquerda para direita, no terceiro dia da revolta.
A Revolta da Chibata –
1910.
Foi um movimento de
motim naval, ocorrido em 22/11/1910, no Rio de Janeiro, na época da República
Velha. Os marinheiros eram punidos com castigos físicos quando necessário. As faltas
graves eram punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Essa situação gerou intensa
revolta entre os marinheiros. O ponto grave ocorreu quando o marinheiro
Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas. Por ter ferido um colega
da Marinha dentro do Encouraçado Minas Gerais. O navio de guerra estava indo
para o Rio de Janeiro, a punição ocorreu na presença dos outros marinheiros e
desencadeou a revolta. O motim se agravou e os revoltosos mataram o comandante
e mais 3 oficiais. Chegando na Bahia de Guanabara, conseguiram apoio dos outros
marinheiros do navio Encouraçado São Paulo. O clima ficou perigoso. O líder da
revolta, João Cândido, conhecido como almirante negro, redigiu uma carta
pedindo o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para o
revoltosos. Caso não fossem cumpridas as condições, os revoltosos ameaçavam
bombardear o Rio de Janeiro. O Presidente Hermes da Fonseca aceitou o pedido. Após
os marinheiros terem entregue as armas e embarcações, foram expulsos da
Marinha. A insatisfação fez com que estes fizessem uma revolta na Ilha das
Cobras. Local de condições desumanas que fez muitos morrerem. Outros foram
presos e enviados para a Amazônia, para o trabalho forçado na produção de
borracha. O líder João Cândido foi expulso da Marinha e internado como louco no
Hospital dos Alienados. Em 1912, todos foram absolvidos das acusações. Não havia
negociação ou solução para os entendimentos. Sempre houve o uso da força e das
armas para colocar um fim as revoltas, greves ou manifestações.
Nossa fonte:
suapesquisa.com.
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