terça-feira, 24 de abril de 1990

Revolta da Chibata - 1910.


João Cândido, terceiro da esquerda para direita, no terceiro dia da revolta.


A Revolta da Chibata – 1910.

Foi um movimento de motim naval, ocorrido em 22/11/1910, no Rio de Janeiro, na época da República Velha. Os marinheiros eram punidos com castigos físicos quando necessário. As faltas graves eram punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Essa situação gerou intensa revolta entre os marinheiros. O ponto grave ocorreu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas. Por ter ferido um colega da Marinha dentro do Encouraçado Minas Gerais. O navio de guerra estava indo para o Rio de Janeiro, a punição ocorreu na presença dos outros marinheiros e desencadeou a revolta. O motim se agravou e os revoltosos mataram o comandante e mais 3 oficiais. Chegando na Bahia de Guanabara, conseguiram apoio dos outros marinheiros do navio Encouraçado São Paulo. O clima ficou perigoso. O líder da revolta, João Cândido, conhecido como almirante negro, redigiu uma carta pedindo o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para o revoltosos. Caso não fossem cumpridas as condições, os revoltosos ameaçavam bombardear o Rio de Janeiro. O Presidente Hermes da Fonseca aceitou o pedido. Após os marinheiros terem entregue as armas e embarcações, foram expulsos da Marinha. A insatisfação fez com que estes fizessem uma revolta na Ilha das Cobras. Local de condições desumanas que fez muitos morrerem. Outros foram presos e enviados para a Amazônia, para o trabalho forçado na produção de borracha. O líder João Cândido foi expulso da Marinha e internado como louco no Hospital dos Alienados. Em 1912, todos foram absolvidos das acusações. Não havia negociação ou solução para os entendimentos. Sempre houve o uso da força e das armas para colocar um fim as revoltas, greves ou manifestações.

Nossa fonte: suapesquisa.com.

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