Conheça Echidna: a mãe de todos os monstros!
Ela representava as corrupções da terra: decadência, doença e corrupção.
Na tradição greco-romana, Echidna é uma criatura híbrida. Uma gigantesca meia mulher e meia serpente. Como uma mulher alta, cheia de encanto, e bela da cintura para cima, por baixo, era uma serpente horrenda.
Em outras palavras – Echidna – descrito por Hesíodo como um “monstro impossível” – é uma criatura notável e mãe de um panteão de espíritos com temperamento feroz, que entre muitos outros espíritos monstruosos representavam forças negras. Estas forças foram criadas nos primeiros tempos das guerras violentas conduzidas pelos deuses. Dessa forma, algumas destas criaturas sobreviveram aos conflitos e continuaram a assombrar e a pôr seriamente em perigo os seres humanos.
Echidna era uma descendente dos deuses primordiais Gaia e Tartarus (ou Chrysaor e Kallirhoe). Echidna nunca envelheceu, contudo, não era imortal. Ela representava as corrupções da terra: decadência, doença e corrupção. Juntamente com o seu irmão e marido Typhoon, ela era, portanto, uma mãe orgulhosa de muitas crianças aterrorizantes.
Os filhos de Echidna.
Um deles era Hydra, e outros como Cerberus (Kérberos), o cão de duas cabeças Orthos, que guardava o gado de Geryon e foi morto por Heracles, a cabra/leão/serpente Quimera, o Leão Nemean, a Esfinge, e a Águia que comeu o fígado de Prometeu.
Outro filho extraordinário e assustador dela foi o Abutre Grifo, um pássaro monstruoso da mitologia greco-romana, e muito provavelmente Ladon, a serpente de cabeça de dragão que guardava então as Maçãs Douradas das Hespérides, o jardim sagrado.
Segundo Píndaro, (Pindarus) 518 – 438 a.C, um antigo poeta lírico grego de Tebas, Echidna roeu a luz do ventre da sua mãe. Vivia em uma caverna perto da terra de Cítara e, dessa forma, emergiu, mostrando apenas as suas partes humanas, para atrair machos humanos. Depois de ter capturado então as suas vítimas, abraçava-as rapidamente nas suas serpentinas e consumia-as.
Encontro com Heracles
Segundo Heródoto, os gregos que vivem em Pontus, uma região na costa sul do Mar Negro, contaram uma história de um encontro entre Heracles, o filho de Zeus e um herói divino na mitologia grega, e esta criatura fêmea serpenteante. Heracles estava conduzindo o gado de Geryones através da área que mais tarde se tornaria Cítara. Uma manhã ele acordou e descobriu então que os seus cavalos tinham desaparecido. Enquanto os procurava, “encontrou, portanto, uma criatura de forma dupla em uma caverna que era metade donzela e metade serpente”.
Ela tinha os cavalos e prometeu devolvê-los se Heracles fizesse sexo com ela. Heracles concordou, e ela teve três filhos por ele: Agathyrsus, Gelonus e Scythes. Ela perguntou a Heracles o que devia fazer com os seus filhos: “Devo mantê-los aqui (uma vez que sou a rainha deste país), ou devo mandá-los embora para vós?”
Heracles deu-lhe um arco e um cinto e disse-lhe que quando os rapazes fossem adultos, o que quer que fosse que desenhasse o arco e usasse o cinto, o guardaria e baniria os outros. Dessa forma, o filho mais novo, Scythes, cumpriu os requisitos e tornou-se o fundador dos Scythians.
Versões da morte de Echidna.
Muitas várias versões dos mitos estão associadas à Echidna, conhecida como a “mãe de todos os monstros”. Uma diz que ela foi morta por Hércules, Bellerophon ou Édipo. Segundo outra, ela foi estrangulada durante o sono por Argos Panoptes, um gigante com cem (ou trezentos) olhos, que era criado de Hera. A matança do monstro de pernas de serpentes Echidna enquanto dormia na sua caverna, acreditava-se ser o grande feito de Argos para o panteão olímpico.
De acordo com outra história, Echidna era imortal. Zeus deixou-a na terra após a vitória sobre os Titãs, para que ela e os seus descendentes pudessem mais tarde desafiar heróis, segundo Hesíodo (“ele, que emite a voz”), um antigo poeta grego que floresceu por volta de 700 a.C.
A maioria dos mitos e lendas relacionadas com Echidna não se concentram nela, contudo, nos seus famosos e horríveis filhos monstruosos.
Como foi dito na Ilíada, o herói Bellerophon foi ordenado pelo rei de Lícia para matar os Quimerianos. A verdade é que o rei queria em vez da Quimera matar Bellerophon. Entretanto, o herói que, de alguma forma, foi protegido pelos deuses, conseguiu matar o filho de Echidna. Ele montou nas costas de um belo e celestial cavalo voador chamado Pégaso. O cavalo costumava voar sobre os céus tão livre e fácil como um pássaro.
Juntos os dois conquistaram então muitos inimigos mortais, entre eles estava também o filho monstruoso de Achidna, Quimera que foi morto por Belerofonte que atirou nela com uma flecha.
Fonte : ancientpages
Tradução : Fatos Curiosos
fonte: fatoscuriosos.com.br
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