Por: Vanessa Candia.
Prof.
Historiadora e Arqueóloga.
Me.
Cultura Africana.
Esp. Dinossauros, Múmias e Piratas.
Arqueologia.
Arqueologia
é a ciência que estuda o passado humano a partir de vestígios deixados pelos
povos que habitaram a Terra. A arqueologia tem o objetivo de descobrir e
analisar as formas materiais de civilizações antigas, que foram encobertas por
camadas de sedimentos. A arqueologia trata das culturas humanas, como as pessoas viviam as suas culturas e crenças, hábitos, alimentações, construções, habitações, objetos do dia a dia, múmias e outros aspectos que os arqueólogos estudam. As vezes um arqueólogo precisa da ajuda de um paleontólogo, dependendo do que estiver investigando.
O
trabalho do arqueólogo divide-se em duas etapas: 1º, a pesquisa de campo
realizada nos sítios arqueológicos e 2º a análise do material coletado feito em
laboratórios e bibliotecas. O registro é feito em um caderno de campo,
fotografa, desenha, esboça e usa recursos de computador. Esse é um trabalho de
prospecção que segue técnicas e procedimentos rigorosos. Encontram armas e
instrumentos de trabalho. Esculturas e pinturas. Objetos utilitários como vasos
e pratos, moedas e medalhas, assim como fósseis. A responsabilidade é de
empenhar-se pela preservação dos sítios e divulgar o resultado de suas
pesquisas. O conceito moderno diz que é a disciplina científica que estuda os
sistemas socioculturais extintos, em sua estrutura, funcionamento e mudança por
intermédio exclusivo ou preponderante dos restos materiais por eles deixados.
A
arqueologia bíblica pesquisa as descobertas arqueológicas que repercutem na
história bíblica. Comprovando, suplementando ou ilustrando os fatos descritos.
A arqueologia não tem a intenção de provar que a Bíblia é verdadeira. A
arqueologia aumenta a confiança em relatos bíblicos comprovados por meio dos
achados. É útil na reputação aos ataques céticos pois ilustra e explica a
Bíblia. A datação e a cronologia de Deus que se revelou em momentos
específicos. A outra datação é que os profetas datavam os seus escritos.
Há
dois tipos de cronologias: Relativa que organiza os vestígios em ordem
cronológica. A Absoluta que procura calcular a idade do objeto. Exemplo da
relativa: tipologia da cerâmica, é fundamental para datar sítios arqueológicos.
Nenhum procedimento substitui a análise dos tipos de cerâmicas. O exemplo d
absoluta é que dendrologia (estudo das árvores), utiliza o fato, das árvores
engrossarem, camada por camada, em análise de dentro para fora, um anel por
ano. Com as variações do ambiente, ao microscópio, cada árvore apresentará
anéis de diferentes espessuras que podem ser datadas.
Varvitos
são rochas sedimentares, com camadas deixadas pela glaciação das geleiras, rios
ou lagos, e sua estrutura é composta por uma sequência de varves. Todos os
anos, em lagos próximos, existem duas camadas uma mais grossa e clara no verão
e a outra argilosa, escura e fina no inverno.
O
carbono 14 consiste na desintegração do carbono radioativo. Enquanto o animal
está vivo, a relação quantitativa entre o carbono 14 e o carbono 12 permanece
constante. A partir da morte, a quantidade do carbono 14 em um tecido se
dividirá pela metade a cada 5.730 anos.
A
Bíblia de Jerusalém denomina o local da passagem do Mar dos Juncos. A descrição
fala de ventos fortes e a região é pantanosa e seca. De madrugada, as condições
climáticas foram favoráveis à passagem segura dos israelitas. De manhã mudaram
bruscamente e os egípcios pereceram. Na época viviam como um fenômeno de Deus.
O sítio arqueológico é considerado a unidade primordial no estudo da
arqueologia.
A
estratigrafia é o ramo da geologia que estuda as sequências de camadas rochosas
(strata), buscando determinar os processos e eventos que as formaram. A Pedra
de Roseta está no Museu Britânico de Londres. Em 1799, soldados franceses de
Napoleão Bonaparte, trabalhavam numa reconstrução de uma fortaleza em Roseta a
56 km de Alexandria, no delta do Nilo, no Egito. Encontraram um bloco de
basalto negro com inscrições em egípcio e grego. A Pedra de Roseta se tornou
uma das peças mais chaves para a compreensão da civilização egípcia. Escrita em
hieroglifos em cima, no meio em demótico e embaixo em grego.
Os
calendários.
O
calendário vem do latim e significa o primeiro dia do mês romano, dia em que as
contas eram pagas.
O
calendário lunar surge com os povos nômades e se baseia nas fases da lua. O dia
começa com o pôr do sol. O ano tem 12 lunações, 29 dias, 12 horas, com um total
de 355 dias e uma defasagem de 11 dias
que é corrigido com a inclusão do mês extra.
O
calendário solar tem 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Surge entre
os povos agrícolas.
A
festa judaica purim é comemora a salvação dos judeus persas do plano de Hamã,
para exterminá-los, no antigo Império Aquemênida, escrito no Livro de Ester,
num dos livros do Tanach. Nos dias atuais comemoram em 16 de março, distribuem
comida e donativos aos pobres. Celebram com refeições, vinho e presentes.
Podiam usar máscaras e fantasias, parecido com o carnaval.
O
solstício de inverno é comemorado de 20 a 21 de dezembro. Os dias ficam mais
longos e as noites mais curtas. Tempo do renascimento do Deus sol. Celebravam
um tempo para celebrar a grande Deusa Mãe, protetora de uma nova vida e de
esperança a Terra.
Nelson
Glueck descobriu relíquias, cerâmicas e outras peças da época de Salomão.
Jezebel, uma rainha e uma das piores vilãs do Antigo Testamento.
A
arqueologia no Brasil teve início com o dinamarquês Peter Lund em 1834. Escavou
as grutas da Lagoa Santa e encontraram ossos de 20 mil anos.
No
segundo reinado, Dom Pedro II implantou as primeiras entidades de pesquisa,
como o Museu Nacional do Rio de Janeiro. Em 1922, surgiram outras entidades de
pesquisas. O Museu Paulista e o Museu Paraense. Paulo Duarte liderou movimentos
pelos direitos indígenas e da arqueologia pré-histórica entre 1945 e 1964.
Assim, a arqueologia tornou-se um ofício acadêmico no Brasil.
Em
1961, os sítios arqueológicos viraram patrimônio da União. O IPHAN registrou
8.562 sítios arqueológicos. Entre eles, destacam-se a Pedra Furada no PI, onde
Niede localizou vestígios de 48 mil anos. Em 1991, Anna Roosevelt descobriu
pinturas rupestres no sítio da Pedra Pintada em PA, com 11 mil anos. Em 1995,
na Amazônia descobriram cerâmicas de 9 mil anos.
Fonte:
DE CAMP, Sprague e LEY Willy. Coleção Descoberta do Mundo, Da Atlântida ao
Eldorado. Ed. Itatiaia, Belo Horizonte, 1961.
Boa
pesquisa.
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