domingo, 19 de julho de 2020

Encontrados no México restos de civilização 8 mil anos mais antiga que os maias.

CIVILIZAÇÕES PRÉ-COLOMBIANAS

Pesquisadores do Centro de Pesquisas do Sistema Aquífero de Quintana Roo (CINDAQ), no México, encontraram um complexo de cavernas submarinas, situado na península de Yucatán, contendo restos de uma civilização pré-histórica 8 mil anos mais antiga que os maias. No local, já haviam sido encontrados alguns dos vestígios humanos mais antigos do continente americano. O estudo foi publicado na revista científica Science Advances.
De acordo com os cientistas, o sistema de cavernas de Quintana Roo teria funcionado como uma mina de ocre (variedade de argila colorida), hoje submersa, que teria 374 quilômetros de túneis labirínticos. Os especialistas conseguiram obter mais de 20 mil fotografias e várias amostras de vestígios após mergulhar mais de cem vezes e explorar o local por cerca de 600 horas. Entre as evidências da presença humana no local, foram encontradas ferramentas de escavação e restos de fogueiras. 
Sabe-se que os maias extraíam pigmentos e outros minerais das cavernas da península de Yucatán, mas essas minas antigas indicam que a extração já ocorria milhares de anos antes do surgimento dessa civilização. A descoberta aponta que no estágio final da última Era do Gelo, mineiros se aventuraram profundamente nesses túneis com tochas na mão, antes da região ter sido inundada. Hoje, os resíduos de mineração e os poços profundos que eles deixaram para trás estão completamente debaixo d'água.
O ocre, um pigmento natural que o ser humano utiliza desde suas origens, já era conhecido pelos neandertais. No caso da civilização encontrada, presume-se que seus integrantes trabalhavam nas cavernas para conseguir o ocre, com o qual pintavam pedras, elaboravam diversos objetos, realizavam rituais e inclusive afugentavam insetos. Segundo os pesquisadores, ainda restam milhares de quilômetros de túneis a serem explorados. Confira abaixo um vídeo que mostra as cavernas submersas:

Fontes: Science e CINDAQ
Imagens: CINDAQ/Reprodução

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