MAIOR DESCOBERTA DA IDADE MÉDIA: 10 IMAGENS DO TESOURO DE NAGYSZENTMIKLÓS
Quase 10 toneladas de ouro foram desenterradas no Leste Europeu no século 18, revelando valiosos artefatos de origem desconhecida
ANDRÉ NOGUEIRA PUBLICADO EM 21/06/2020
Em 1799, encontraram na região de Banat, na Hungria, um dos mais valiosos e extasiantes tesouros medievais de toda a Europa: 23 vasilhames de ouro dentro de um baú de ferro. A descoberta foi feita em Nagy Szent-Miklós, hoje Romênia, pelo fazendeiro sérvio Neru Vuin.
Trata-se de um acúmulo de quase 10 toneladas de ouro, que ficaram conhecidos como Tesouro de Nagyszentmiklós, datado do final do século 8 (entre 795 e 803). Até hoje, os artefatos são estudados pelos cientistas, que se afundam cada vez mais em dúvidas sobre a origem daqueles pratos, assim como seus proprietários, seu uso e a razão de seu enterramento.
Os vasos de ouro possuem inscrições em uma língua ainda pouco conhecida do Leste Europeu, aumentando a dificuldade de compreender aquela cultura material. Além disso, há também trechos de grego e de runeiforme turco antigo.
Devido à quantidade de lacunas sobre nosso conhecimento em relação ao passado do Tesouro de Nagyszentmiklós, calorosos debates sobre suas bases históricas e empíricas são traçados entre historiadores e arqueólogos, sem que haja muita conclusão. Há quem alegue que se trata de um tesouro ávaro, e há os que afirmam que é uma obra dos búlgaros do século 9.
As peças, porém, têm traços que indicam autores e mesmo datas de fabricação múltiplos. O que é fato é que o tesouro impressiona a todos que o vislumbram. Depois de descoberto, o ouro foi transferido para Viena, onde foi catalogado e exibido pelo Museu Kunsthistorisches.
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