Inventores como Thomas Edison e Alexander Graham Bell, e inclusive o gênio florentino Leonardo da Vinci são mencionados frequentemente na lista de personalidades que mais contribuíram para o progresso humano. Mas existiu um personagem tão relevante como os mencionados, que costuma ser esquecido. Ele se chamava Imhotep e revolucionou o Antigo Egito, projetando aquela que é considerada a primeira pirâmide.
Esse egípcio foi o conselheiro de Djoser, faraó que inaugurou a III Dinastia. Imhotep foi o primeiro nome conhecido de um cientista em toda a história. “Foi tanto renome que ele alcançou como médico, com habilidades curativas quase mágicas, que muitos séculos depois, ele foi incluído no panteão egípcio como deus da medicina”, escreveu Isaac Asimov em 1967 no livro "The Egyptians" (apesar de se consagrar como autor de ficção científica, Asimov também se dedicou a escrever obras sobre fatos históricos).
Os dotes de Imhotep como arquiteto também ficaram marcados na história: ele construiu a Pirâmide de Djoser, para o sepultamento do faraó. A pirâmide escalonada, de 4700 anos de idade, erguida com pedra em vez de ladrilho, é considerada a mais antiga estrutura desse tipo, um dos maiores tesouros do Egito. O projeto demonstra os conhecimentos arquitetônicos de Imhotep.
Além disso, seu domínio sobre a escrita egípcia aperfeiçoou a comunicação do reinado de Djoser. “Os hieróglifos deixaram de ser simples desenhos de objetos, e começaram a ser utilizados para expressar abstrações e toda a extensão do pensamento humano”, contou Asimov sobre a influência de Imhotep na cultura do Egito.
“Imhotep representou para a cultura egípcia a figura do ‘sábio universal’, de modo parecido a um Leonardo da Vinci para o Renascimento italiano. Tal foi a importância do egípcio que ele foi o primeiro homem elevado a categoria de deus no Antigo Egito”, afirmou Nelson Pierroti, professor do departamento de história da Universidade de Montevidéu .
Fonte: El Español
Imagens: Shutterstock.com e Metropolitan Museum of Art, via Wikimedia Commons
Imagens: Shutterstock.com e Metropolitan Museum of Art, via Wikimedia Commons
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