quinta-feira, 14 de maio de 2020

Fóssil de salamandra de 230 milhões de anos, resgata 'elo perdido', na evolução dos sapos.

FÓSSIL DE SALAMANDRA DE 230 MILHÕES DE ANOS RESGATA “ELO PERDIDO” NA EVOLUÇÃO DOS SAPOS

O fóssil esquelético — que inclui ossos dos ombros, parte da boca e algumas outras extremidades — levantou novas questões
FABIO PREVIDELLI PUBLICADO EM 14/05/2020
Foto ilustrativa de uma salamandra
Foto ilustrativa de uma salamandra - Wikimedia Commons
Os restos de uma criatura fossilizada de 2,54 centímetros passaram a ser considerados os mais antigos de uma salamandra. O antigo anfíbio, chamado de Triassurus sixtelae, viveu na Rússia há aproximadamente 230 milhões de anos sendo 90 milhões de anos mais antigo do que qualquer outro encontrado na história.
O fóssil foi descoberto na Formação Madygen no Quirguistão e inclui ossos dos ombros, parte da boca e algumas outras extremidades. Os pesquisadores também descobriram evidências de que essa espécie vivia tanto na terra como em águas rasas, e que seria um “elo perdido” da evolução dos sapos.
O fóssil encontrado da Salamandra / Crédito: PHYS.org

A equipe também descobriu que o fóssil tinha algumas diferenças em relação aos tetrápodes que o colocavam acima dos Temnospondyli na árvore evolutiva, em um grupo chamado batráquios, que inclui salamandras e sapos dos tempos modernos.
Os pesquisadores sugerem que a descoberta representa uma ponte entre as mais antigas salamandras conhecidas e as que ainda estão vivas hoje. “[A descoberta] esclarece não apenas a evolução inicial do plano do corpo da salamandra, mas também a origem do grupo como um todo", declarou um dos pesquisadores.
Além do mais, a localização da descoberta sugere que as salamandras podem ter se originado na Eurásia e depois se dispersado amplamente a partir daí, em alguns casos seguindo pontes terrestres que existiam durante o período triássico.

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