segunda-feira, 11 de maio de 2020

Fogueiras de 10 mil anos são encontradas em caverna subaquática de Yucatán.

FOGUEIRAS DE 10 MIL ANOS SÃO ENCONTRADAS EM CAVERNA SUBAQUÁTICA DE YUCATÁN

Segundo arqueólogos, os restos carbonizados são os mais antigos da região, datados do início do período Holoceno
PAMELA MALVA PUBLICADO EM 11/05/2020
Mergulhador frente à maior fogueira encontrada na caverna
Mergulhador frente à maior fogueira encontrada na caverna - Instituto Nacional de Antropologia e História do México
Após anos recuperando restos de carvão antigos no cenote de Aktun Ha, na Península de Yucatán, México, arqueólogos puderam analisá-los. Em novo estudo, descbriu-se que as amostras remontam às primeiras fogueiras construídas na região.
Datados do início do período Holoceno, os restos carbonizados foram queimados há cerca de 10 mil anos. Segundo os cientistas Universidade Nacional Autônoma do México, foram os primeiros colonos da península quem construíram as fogueiras.
Hoje, a caverna usada pela civilização está inundada, mas ainda permite explorações. Um total de 14 amostras de fogueiras pré-históricas foram coletadas entre 2017 e 2018. Os resultados da nova análise foram publicados na revista Geoarchaeology.
Arqueólogo colhendo amostras de carvão / Crédito: Instituto Nacional de Antropologia e História do México

De acordo com os pesquisadores envolvidos no estudo, os restos encontrados na caverna mexicana são “os mais antigos já descobertos em um cenote da Península de Yucatán”. Ainda mais, todas as fogueiras foram mantidas no local, sem se alastrarem.
As análises mostraram ainda que as fogueiras, datadas entre "10.250 e 10.750 anos atrás", atingiram temperaturas de até 600 °C. Além disso, artefatos encontrados na caverna indicam que ela foi usada como um abrigo temporário.
Arquivos arqueológicos, entretanto, sugerem que os cenotes de Yucatán foram usados pelos antigos "para fins rituais" — provável caso de Aktun Ha. Formada naturalmente, a caverna era “bem ventilada, permitindo que a fumaça do fogo escapasse”, segundo os cientistas responsáveis pela análise.

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