segunda-feira, 18 de maio de 2020

Arqueólogos encontram moeda rara que celebra revolta de judeus contra o Império Romano.

JERUSALÉM
Uma rara moeda de bronze de 1900 anos foi encontrada por arqueólogos em Jerusalém, Israel. Pesquisadores da Autoridade de Antiguidades do país ficaram entusiasmados com a descoberta, pois trata-se de uma peça muito especial. Isso porque ela foi cunhada durante uma revolta do povo judeu contra a ocupação do Império Romano.
Segundo os arqueólogos, a moeda faz menção à 3ª guerra judaico-romana, também chamada de Revolta de Barcoquebas. Essa rebelião eclodiu no ano de 132 d.C., na Judeia. Ela aconteceu após a viagem do imperador Adriano ao Oriente. Planejando reconstruir Jerusalém como uma cidade helenística, ele pretendia erguer um santuário dedicado a Júpiter Capitolino sobre o Monte do Templo, decisão que ofendeu os sentimentos religiosos dos judeus.
Em um de seus lados, a moeda apresenta a gravura de um cacho de uvas e a inscrição "Ano Dois da Liberdade de Israel". No outro, há uma palmeira com a palavra "Jerusalém". De acordo com a Autoridade de Antiguidades, esse é o único registro de uma moeda da época da revolta que ostenta o nome da cidade sagrada.
Segundo Donald Tzvi Ariel, chefe do Departamento de Moedas do órgão, a peça de bronze é tão rara que, das 22 mil moedas encontradas em escavações arqueológicas na Cidade Velha de Jerusalém, apenas 4 são do período da Revolta de Barcoquebas. A rebelião tem esse nome pois foi liderada por um rabino chamado Simão Barcoquebas (palavra que significa "filho das estrelas"). Ele atuou como uma espécie de rei da Judeia e cunhou moedas como essa que foi encontrada agora.
Barcoquebas foi morto pelos romanos no ano 135 d.C, mas a revolta continuou por mais 5 anos, terminando em derrota para a Judeia. Jerusalém foi reconstruída de acordo com o projeto do imperador Adriano, recebendo o nome de Élia Capitolina. Nesse período, os judeus ficaram proibidos de entrar na cidade, sob pena de morte, enquanto o nome da província foi mudado de Judeia para Síria Palestina.

Fonte: Live Science
Imagem: Koby Harati/City of David Archive/Autoridade de Antiguidades de Israel/Reprodução

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