NOS BASTIDORES DO PALÁCIO: A VIDA PRIVADA DE ELIZABETH I, A RAINHA VIRGEM DA INGLATERRA
Sem marido ou herdeiros, a monarca acumulou um grande número de amantes
DANIELA BAZI PUBLICADO EM 28/03/2020
Elizabeth I, filha mais nova do rei Henrique VIII, reinou a Grã-Bretanha por 40 anos, de 1558 a 1603. Por ter decidido que nunca se casaria, passou a ser reconhecida como a Rainha Virgem, mesmo após a sua morte. No entanto, a vida privada da monarca estava longe de ser parada.
Os católicos da época que eram totalmente contra seu governo protestante, a acusavam de ter uma “luxúria imunda” e que teria “contaminado seu corpo e o país”. Boatos sobre sua vida sexual sempre estiveram em pauta durante toda sua vida real, com o primeiro surgindo ainda em seus primeiros meses no trono.
O primeiro amante.
A soberana teria se relacionado intimamente com seu amigo de infância Robert Dudley, que era casado, e a quem chamava carinhosamente de “doce Robin”. Depois de nomeá-lo como mestre da cavalaria, que garantia um encontro quase todos os dias, todos passaram a dizer que Sua Majestade também o fazia visitas em seus aposentos durante a noite.
Em 1560, quando Amy Robsart, esposa de Robert, foi encontrada morta com o pescoço quebrado aos pés de uma escada, a oposição passou a sugerir que Elizabeth estaria envolvida, como forma de ter o homem apenas para si. Mesmo com o acontecimento, ambos continuaram com a amizade.
Com as incessantes tentativas de arranjar um marido para a soberana, uma enorme lista de pretendentes para a rainha se formou, contando com nomes como: o rei Filipe II da Espanha, os arquiduques austríacos Ferdinand e Carlos e o rei Erik XIV da Suécia. Entretanto, nenhum deles foi aprovado e a monarca continuou sua vida com um grande número de jovens cortesãos.
Walter Raleigh, Thomas Heneage, Christopher Hatton e Robert Devereux, que se tornou o Conde de Essex, são alguns dos homens que flertaram com Sua Majestade. No entanto, Dudley continuou como o número um de sua lista por muito tempo, até se casar novamente, em 1578, com Lettice Devereux, viúva do ex-Conde de Essex.
Possível marido.
No ano seguinte, Elizabeth recebeu em sua residência o irmão do rei da França, François, Duque de Anjou, como um forte pretendente para se tornar seu marido. Durante sua estadia, a monarca pareceu retribuir de forma genuína todas as investidas do duque, e lhe apelidou carinhosamente de “sapo”.
Ele permaneceu apenas por algumas semanas, mas acabou retornando à Inglaterra em 1581, sem deixar de mandar cartas românticas onde dizia que gostaria de "beijar e beijar tudo o que Sua bela Majestade poderia imaginar”. Em 22 de novembro do mesmo ano, a rainha declarou que tinha interesse em se casar com François, porém, acabou mudando de ideia e anunciando no dia seguinte que tinha voltado atrás em sua decisão.
Foi com a partida do Duque de Anjou que as esperanças de um casamento real acabaram. A soberana se sentia cada vez mais velha, sozinha e isolada, procurando cada vez mais a atenção de seus amantes. Foi então que começou a se envolver de forma fixa com o enteado de Dudley, Robert Devereux, o mais novo Conde de Essex. Ele foi o último homem no qual Elizabeth teve relações.
Robert fazia a monarca se sentir atraente e jovem devido aos desejos de um cortesão que era novo. O relacionamento acabou atrapalhando os trabalhos políticos da rainha que, ao se deparar com uma tentativa de golpe contra ela no ano de 1601, mandou executar seu último namorado.
Elizabeth morreu em 24 de março de 1603 sozinha, sem herdeiro e marido, representando o fim da Era Tudor. Sua morte marcou seu título como a “Rainha Virgem da Inglaterra”, porém, as inúmeras especulações sobre sua vida íntima perduram até os dias atuais.
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