O NAUFRÁGIO DO TITAN: O LIVRO QUE PREVIU DESASTRE DO TITANIC, MAIS DE UMA DÉCADA ANTES DA TRAGÉDIA
Além da premonição, coincidências assustadoras cercam um dos maiores desastres náuticos de todos os tempos
FABIO PREVIDELLI PUBLICADO EM 25/12/2019
Todos conhecem a história do Titanic, o navio britânico que naufragou em sua viagem inaugural e acabou sendo responsável pela morte de centenas de pessoas. A narrativa ficou ainda mais famosa depois que Leonardo Di Caprio protagonizou o filme homônimo baseado na tragédia.
Com a direção de James Cameron, o longa conquistou 11 estatuetas do Oscar – incluindo melhor filme e melhor diretor – e ainda possui uma das maiores bilheterias da história do cinema.
No entanto, uma das maiores curiosidades sobre o caso é desconhecido de grande parte do público. E não, não estamos falando do porquê a Rose não abrigou o Jack em seu destroço do barco que ficou a deriva no meio do Atlântico Norte.
14 anos antes do acidente, em 1898, o escritor Morgan Robertson lançou o conto Futility, or the Wreck of the Titan – que no Brasil foi publicado pela editora Vermelho Marinho com o nome de Futilidade ou o Naufrágio do Titan – no qual relata a história do transatlântico Titan que afunda no Atlântico Norte depois de bater em um iceberg.
Tá, mais é só isso? Claro que não, as coincidências estão só começando.
Se não bastasse o enredo premonitório, algumas características das embarcações são praticamente iguais. A primeira entre as coincidências é o nome do capitão, nos duas ocasiões ele se chama Smith. O mês em que os acidentes aconteceram também é o mesmo, em abril.
Outros detalhes técnicos também são bem próximos uns dos outros, como comprimento do navio, velocidade em que ele navegava, número de botes e compartimentos à prova d’água, até mesmo o número de vítimas são parecidos.
A diferença entre os enredos é com o que aconteceu no pós-acidente. No livro, depois de sobreviver à colisão, o ex-oficial da Marinha Inglesa John Rowland passa por uma série de aventuras, inclusive lutando com um temeroso urso polar. Bem, talvez nessa parte o autor possa ter sonhado demais. O que justifica a obra só ganhar notoriedade após o naufrágio do navio verdadeiro.
Mas será que nenhuma outra pessoa escreveu um enredo parecido? Em 1892, o jornalista inglês William Thomas Stead seguiu os mesmo passos da história, que ganhou o nome de “From the Old World to the New”, mas nessa versão o barco que se chama Magestic recolhe os sobreviventes de outro navio que havia colidido com o iceberg. Vinte anos depois, ele partiu da Inglaterra para um congresso de Paz nos Estados Unidos, mal sabia que embarcara em sua última viagem. Ele estava à bordo do Titanic.
O último caso de coincidência envolvendo o acidente marítimo mais conhecido da história aconteceu em 1935. Nesse ano, o cargueiro Titanian transportava carvão da Inglaterra para o Canadá. O marinheiro responsável pela vigia era William Reeves.
À medida que o barco se aproximava do local que o Titanic afundou, Reves disse ter um pressentimento que deveria mandar parar o barco. De início, ele hesitou, mas se lembrou que nasceu no mesmo dia que o Titanic afundou e com isso mandou parar o barco. Tal ato evitou uma colisão da embarcação com icebergs que estavam mais adiante do trajeto. Coincidência?
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