ESQUELETO FEMININO, CREDITADO COMO MAIS ANTIGO DO MUNDO, É REENCONTRADO EM ARMÁRIO NA GRÃ-BRETANHA
Perdido por 40 anos, crânio pertenceu a mulher da Idade da Pedra. Pesquisadores sugerem que ele teria ao menos 14 mil anos de idade
JOSEANE PEREIRA PUBLICADO EM 04/09/2019.
O crânio de uma mulher da Idade da Pedra, que os cientistas chamaram de Greta, foi redescoberto em um armário no Museu Potteries, em Staffordshire, Reino Unido. O objeto havia sido escavado no condado em 1943, tendo desaparecido na década de 1970 após o fechamento do museu onde estava exposto.
Na época, estimava-se que Greta tinha cerca de 10 mil anos. Agora, o entusiasta de arqueologia David Adkins, que o localizou, sugere que ela viveu 4 mil anos antes que o estimado. Isso tornaria Greta o esqueleto feminino mais antigo do mundo.
A estimativa da nova idade foi feita graças a um dente de mamute que também estaria próximo ao local. Segundo David, que é gerente de um centro comunitário de Burton, "voltei aos registros em papel e encontrei enterrado no arquivo um dente gigantesco que veio do mesmo local depois que Greta foi encontrada. O mamute foi extinto na Grã-Bretanha há mais de 14 mil anos. Se o dente estivesse sepultado no túmulo de Greta, ela poderia ter mais de 14 mil anos, voltando para o Paleolítico ou Idade da Pedra".
Caso isso seja confirmado, seu crânio seria três vezes mais antigo que Stonehenge. "Isso seria incrível, não conheço outros crânios completos de homens ou mulheres desse período", afirmou David. "Eu sempre acreditei que ela é a maior descoberta antropológica na Grã-Bretanha do século 20... Ela causou um turbilhão de mídia e ficou famosa por aqui. Ela pertence a todos e faz parte de nossas histórias."
Atualmente, o crânio está sendo examinado no Francis Crick Institute, um centro de pesquisa de Londres, e será posteriormente transferido para a Universidade de Durham.
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