Em 1948, a Coreia do Norte conquistava a sua independência.
NESTE DIA, EM 1948, A COREIA DO NORTE CONQUISTAVA SUA INDEPENDÊNCIA. O QUE HÁ COM ESSE PAÍS?
No dia 9 de setembro, a República Popular Democrática da Coreia foi proclamada. Entenda como surgiu o reino ermitão, e como sua história explica a obsessão atômica
CARLO CAUTI PUBLICADO EM 09/09/2019
Quando Kim Jong-il nasceu, dois arco-íris foram vistos no céu. Com 3 semanas de idade, já era capaz de andar. Na primeira vez em que pegou um taco de golfe, em 1994, fez 11 buracos numa tacada só. Durante sua vida, seria um ícone da moda mundial e inventaria o hambúrguer.
Seu filho, Kim Jong-un, que assumiu em 2011, aprendeu a dirigir aos 3 anos e ganhou uma corrida de iate aos 9. Já o patricarca Kim Il-sung havia espantado um navio japonês com pedrinhas e ganhou a guerra praticamente sozinho, matando centenas de soldados inimigos pessoalmente, estilo Rambo.
Esta é a verdade alternativa sob a qual vive o Estado da Coreia do Norte. País pequeno, com território menor que o Amapá, 28 milhões de habitantes e governado por uma dinastia excêntrica de presidentes ou líderes hereditários, cujo poder é visto como literalmente sobrenatural.
O país eremita que se tornou a ameaça nuclear do século 21 se proclamou como república popular no dia 9 de setembro, com Kim Il-sung como primeiro-ministro. Afinal, como se deu toda essa história?
No princípio era a guerra.
Domingo, 25 de junho de 1950, 4h da manhã. Um dia chuvoso no 38° paralelo, a fronteira entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. Em poucos minutos, o Exército norte-coreano, treinado por meses para a invasão, com 350 mil homens, 500 tanques de guerra e 2 mil peças de artilharia, abre fogo pesado contra as posições sul coreanas.
Logo em seguida, dez divisões de infantaria e uma divisão blindada atravessam a fronteira. É o começo da Guerra da Coreia, que não foi declarada – era uma invasão-surpresa, vinda de um Estado que não era reconhecido pela Coreia do Sul, nem a reconhecia.
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