TAMERLÃO, O IMPERADOR MONGOL QUE MASSACROU 17 MILHÕES DE PESSOAS
Conhecido pela brutalidade de suas ações expansionistas, o conquistador decapitava prisioneiros e enfileirava suas cabeças pelo território dominado
ISABELA BARREIROS PUBLICADO EM 28/08/2019.
Nascido em Transoxiana, no atual Uzbequistão, no ano de 1306, Tamerlão foi um dos grandes conquistadores mongóis da Ásia Central. Filho de pastores, tinha o hábito de roubar ovelhas de outras famílias durante a sua juventude. Como consequência, tomou duas flechadas, — uma no ombro e outra na cintura —, o que fez com que, futuramente, o imperador fosse chamado de Timur, o Manco.
Antes de ser conhecido como comandante do Império Timúrida, a trajetória de Tamerlão era impiedosa. Quando era ministro de Transoxiana, juntou-se ao seu cunhado para realizar um golpe de estado contra o governador. Não satisfeito, traiu seu antigo aliado e ordenou a morte.
Depois desse evento, não parou mais. Construindo seu próprio império, tornou-se um grande conquistador e dominou várias cidades próximas. No entanto, sua ganância fez com que ele desejasse ocupar territórios distantes — e foi assim que invadiu a Pérsia, atual Irã, e a Índia. Mas sua passagem na primeira localidade não foi tão pacífica quanto se esperava.
Quando a cidade de Herate não se rendeu, o imperador reduziu a região a cinzas. Além disso, ele massacrou populações inteiras. De acordo com o livro História do Mundo – O fogo de Deus do jornalista Jean Duché, duas mil pessoas foram utilizadas para fazer uma espécie de torre humana, onde elas foram empilhadas, vivas, umas sobre as outras, com lama e tijolos.
A sua crueldade estende-se por quase todo território persa. Segundo o mesmo livro de Duché, em Ispaã, 70 mil prisioneiros foram decapitados e tiveram suas cabeças expostas em diversos pontos da cidade.
Outros massacres registrados em seu nome aconteceram na Índia, quando ordenou a morte de 100 mil pessoas, e em Alepo e Bagdá, onde agiu como em Herate, cortando 20 mil e 90 mil cabeças, respectivamente.
Sua sangrenta conquista acabaria na tentativa de dominar a China. No entanto, foi derrotado por um adversário não previsto: o frio. Morreu em 1405, em Otrar, no Cazaquistão, no caminho da qual seria sua última jornada expansionista. O Império Timúrida não duraria muito tempo após sua morte sendo guiado por seus filhos e netos.
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