quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Adega construída na época das Cruzadas é encontrada no norte de Israel.

Publicado por  Traduzca

Uma das maiores adegas da época das Cruzadas foi encontrada recentemente em Mi’ilya, um vilarejo da Galileia, norte de Israel. Localizada embaixo de uma casa do povoado, a construção de dois níveis contava com espaço para preparação das uvas e um grande poço esculpido em rocha para armazenamento do vinho. A descoberta é resultado de um esforço feito pela comunidade local, que incentiva pesquisadores a realizarem estudos arqueológicos na região.

O anúncio da descoberta foi feito por Rabei Khamisy, arqueólogo da Universidade de Cardiff e chefe das escavações, para o jornal Haaretz. Especialistas dizem que a existência do local acima da adega já era conhecida e que o espaço foi construído por Balduíno III, rei das Cruzadas de Jerusalém, em meados do século XII. O cômodo localizado agora, porém, não fazia parte dos estudos realizados anteriormente. Salma Assaf, moradora da região, disse que incentiva as pesquisas no local pois, segundo ela, “quero saber o que existia embaixo da minha residência”.

Segundo Khamisy, o que torna a construção impressionante é sua grandeza e estrutura. O pesquisador chefe disse que “os bizantinos tinham adegas muito maiores, mas os cruzados não tinham nada comparável, até onde sabíamos”. As ruínas de Mi’ilya não são tão bem preservadas como outros sítios arqueológicos próximos, então o governo local interditou algumas áreas, o que levou a comunidade a buscar arqueólogos para pesquisar os espaços históricos.
Agora, a comunidade de Mi’ilya planeja explorar o potencial turístico da região com a construção de um museu que contará a história do local, uma das únicas cidades cristãs em Israel que professam a fé greco-católica melquita. Além disso, há também o projeto de erguer, sobre a adega encontrada, um centro de gastronomia e turismo chamado Chateau du Roi, em homenagem ao Castelo do Rei, com um piso de vidro para que os visitantes possam observar as relíquias arqueológicas que a comunidade preserva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário