Arrasada durante conflito contra o Brasil no século 19, nação passou
pela mais longa ditadura da América do Sul
10/07/2019 - POR
JÉSSICA FERREIRA
Imagem: Gran Palacio Nacional Paraguay , sede do poder Executivo do
país. Foto Wikimedia Commons.
Um dos dois únicos países da América do Sul sem saída para o oceano, o
Paraguai mantém ainda fortes relações com o seu passado étnico indígena e conta
com um histórico político marcado por uma guerra contra uma aliança composta
por Brasil, Uruguai e Argentina. Conheça mais sobre
o país sul-americano:
Influência guarani
A região do Paraguai, que tem atualmente 406 mil quilômetros quadrados de área, era habitada predominantemente por índios da etnia guarani antes da chegada dos colonizadores europeus. Mesmo após o processo de exploração colonial espanhola, que começou no século 16, o país sul-americano ainda manteve tradições culturais indígenas: a língua oficial é o guarani, junto com espanhol, e a moeda paraguaia é chamada de guarani. O próprio nome do país, Paraguai, é de origem guarani. Há diversas versões para o possível significado da palavra, entre eles "rio", "mar", "água do mar", "mar imenso" e "coroa de penas".
A região do Paraguai, que tem atualmente 406 mil quilômetros quadrados de área, era habitada predominantemente por índios da etnia guarani antes da chegada dos colonizadores europeus. Mesmo após o processo de exploração colonial espanhola, que começou no século 16, o país sul-americano ainda manteve tradições culturais indígenas: a língua oficial é o guarani, junto com espanhol, e a moeda paraguaia é chamada de guarani. O próprio nome do país, Paraguai, é de origem guarani. Há diversas versões para o possível significado da palavra, entre eles "rio", "mar", "água do mar", "mar imenso" e "coroa de penas".
Junto com os europeus vieram os jesuítas, que
tentaram converter os habitantes locais ao cristianismo. O país declarou
independência em 1811, tornando-se a primeira república da América do Sul.
Durante algumas décadas, a política isolacionista fez do Paraguai uma economia
emergente graças à agricultura, ainda hoje importante para a economia local.
Imagem: SOLDADOS BRASILEIROS POSAM PARA FOTO DURANTE A GUERRA DO PARAGUAI (FOTO:
WIKIMEDIA COMMONS)
Guerra do Paraguai.
O Paraguai perdeu 40% do seu território, teve a população drasticamente
reduzida e ficou economicamente enfraquecido após travar uma guerra contra a
Tríplice Aliança, composta por Brasil, Uruguai e Argentina, entre 1864 e 1870.
A Guerra do Paraguai é considerada o maior conflito armado na América do Sul.
Durante um embate com o Uruguai em 1864,
o Brasil invadiu o país e ajudou a depor o presidente uruguaio Atanasio Cruz
Aguirre. O fato irritou o presidente paraguaio Francisco Solano López, que
mantinha laços com Aguirre. Em represália, López aprisionou o navio brasileiro
Marquês de Olinda, onde estava o presidente da província de Mato Grosso,
Frederico Carneiro de Campos, levando o político e a tripulação à morte. O
paraguaio ainda ordenou a invasão do estado do Mato Grosso e tentou conquistar
o Rio Grande do Sul por meio de incursões armadas na Argentina.
Diante desses atos, Uruguai, Brasil e
Argentina se uniram contra o Paraguai e receberam apoio militar e financeiro da
Inglaterra, que não concordava com a política de independência do Paraguai em
relação à Europa. Além dos prejuízos ao Paraguai, o Brasil também terminou a
Guerra endividado e perdeu cerca de 50 mil soldados.
Ditadura
Entre 1954 e 1989, o país passou por uma ditadura militar sob o governo do general Alfredo Stroessner. Não foi a primeira vez que o Paraguai enfrentou um regime autoritário, que já havia sido estabelecido pelo militar Higinio Morínigo de 1940 a 1948, mas Stroessner estabeleceu a mais longa ditadura da América do Sul. Durante o comando de Stroessner, o Paraguai expulsou sacerdotes contrários às prisões políticas, concedeu asilo a refugiados nazistas e prendeu milhares de pessoas. Atualmente, o Paraguai é uma República presidencialista e tem como chefe de governo Mario Abdo Benítez.
Entre 1954 e 1989, o país passou por uma ditadura militar sob o governo do general Alfredo Stroessner. Não foi a primeira vez que o Paraguai enfrentou um regime autoritário, que já havia sido estabelecido pelo militar Higinio Morínigo de 1940 a 1948, mas Stroessner estabeleceu a mais longa ditadura da América do Sul. Durante o comando de Stroessner, o Paraguai expulsou sacerdotes contrários às prisões políticas, concedeu asilo a refugiados nazistas e prendeu milhares de pessoas. Atualmente, o Paraguai é uma República presidencialista e tem como chefe de governo Mario Abdo Benítez.
Imagem: A PONTE DA AMIZADE, QUE MARCA A
FRONTEIRA ENTRA PARAGUAI E BRASIL (FOTO: WIKIMEDIA COMMONS)
Geografia e economia.
O país faz divisa com o Brasil, a Bolívia e a Argentina e suas fronteiras são
compostas principalmente por rios. Apesar dessa característica geográfica, não
é a pesca que move a economia paraguaia, mas a agricultura e a pecuária. O
Paraguai investe na produção agrícola e exporta diversos produtos, como a soja.
O clima no país é predominantemente subtropical.
A imigração pós-Guerra do Paraguai e o
passado indígena resultaram em uma população mestiça, concentrada
principalmente na capital, Assunção. São pouco menos de 7 milhões de habitantes
em todo o país.
Cultura.
Entre os hábitos cultivados pela população ao longo dos séculos, destacam-se as danças típicas do Paraguai, como a polca e a pericón. A harpa paraguaia está presente no país desde as missões jesuíticas e é bastante utilizada em músicas cantadas na língua guarani.
Nossa fonte: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2019/07/paraguai-cinco-fatos-para-conhecer-o-pais
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