quarta-feira, 22 de junho de 2011

Arqueólogos acham restos de casal que pode ter morrido na Guerra de Troia.

Sítio arqueológico fica no noroeste da Turquia. Escavações são lideradas por especialista da Universidade de Tubingen. 


Casal pode ter sido enterrado 400 anos depois em um cemitério naquilo que os arqueólogos chamam de Troia 6 ou Troia 7, diferentes camadas das ruínas de Troia (Foto: Reuters)

Arqueólogos encontraram restos de um homem e uma mulher que podem ter morrido por volta de 1200 a.C., na época da lendária guerra de Troia, disse nesta terça-feira (22) o professor alemão Ernst Pernicka, da Universidade de Tubingen, que comanda escavações no sítio arqueológico do noroeste da Turquia. Pernicka afirmou que os corpos foram achados próximos de uma linha de defesa dentro da cidade, construída no final da era do Bronze.

Isso pode ajudar a comprovar que a parte baixa de Troia no final da era do Bronze era maior do que se imaginava, alterando as percepções dos acadêmicos a respeito da cidade descrita na "Ilíada", de Homero.

"Se os restos forem confirmados como sendo de 1200 a.C., isso iria coincidir com o período da guerra de Troia. Essa gente foi sepultada perto de um fosso. Estamos conduzindo um teste de radiocarbono, mas a descoberta é eletrizante", disse Pernicka.

A antiga Troia, na entrada do estreito de Dardanelos, relativamente próximo da zona sul de Istambul, foi encontrada na década de 1870 pelo empreendedor e arqueólogo alemão Heinrich Schliemann.

Pernicka disse que cerâmicas encontradas perto dos corpos, que estavam sem as partes inferiores, eram confirmadamente de 1200 a.C., mas que o casal pode ter sido enterrado 400 anos depois em um cemitério naquilo que os arqueólogos chamam de Troia 6 ou Troia 7, diferentes camadas das ruínas de Troia.

Antiga Troia, na entrada do estreito de Dardanelos, foi encontrada na década de 1870. Dezenas de milhares de turistas visitam anualmente as ruínas de Troia, onde uma enorme réplica de madeira do famoso cavalo de Troia está exposta ao lado de várias ruínas escavadas.

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