Arqueólogos reuniram evidências de um continente perdido que ligava a Grã-Bretanha ao continente europeu em um passado remoto. Conhecido como Doggerland, o pedaço de terra afundou após um tsunami há cerca de oito mil anos. Uma nova exposição no Museu Nacional de Antiguidades em Leiden, na Holanda, exibe mais de 200 artefatos que provam a existência dessa verdadeira Atlântida.
Doggerland, o continente perdido
Segundo os pesquisadores, o violento tsunami separou as Ilhas Britânicas da Bélgica, Holanda e sul da Escandinávia. Antes disso, as amplas planícies gramadas de Doggerland eram o pasto ideal para grandes rebanhos de animais. Lá, as renas serviam de presas para leões-das-cavernas, felinos dente-de-sabre, hienas e lobos.
Além disso, Doggerland também foi habitada durante um milhão de anos por humanos modernos, neandertais e até mesmo hominídeos mais antigos. Mas as primeiras descobertas envolvendo o continente perdido só aconteceram em 1931. Foi quando as redes de um barco de pesca que navegava pelo Mar do Norte capturaram uma ponta de lança.
Nos anos seguintes, muitas outras evidências foram encontradas na região, incluindo um osso de cervo alvejado com uma ponta de flecha; dentes de mamute e fragmentos do crânio de um jovem neandertal. As descobertas começaram a se tornar mais frequentes depois que camadas de solo do fundo do mar foram retiradas para aumentar faixas de areia litorâneas. A partir daí, arqueólogos amadores passaram a encontrar fósseis e artefatos em praias do Mar do Norte.
"Houve um período em que Doggerland era um lugar seco e incrivelmente rico, um local maravilhoso para caçadores-coletores", afirmou Sasja van der Vaart-Verschoof, curador do departamento de pré-história do Museu Nacional de Antiguidades. "Não se tratava de uma extremidade da Terra ou uma ponte para o Reino Unido. Era realmente o coração da Europa", completou.
Fonte: The Guardian
Imagens: iStock, Museu Nacional de Antiguidades e Wikimedia Commons
fonte: https://history.uol.com.br/noticias/atlantida-reunidas-evidencias-de-continente-que-afundou-ha-8-mil-anos
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