domingo, 6 de novembro de 2016

O Romance da Rosa.



Roman de la Rose, “onde estão contidas todas as artes do amor”, foi uma das obras literárias mais lidas da Idade Média. Um poema alegórico (que significa romance) composto no francês do século XIII, foi considerado já no século XVI como um clássico nacional. As primeiras 4.058 linhas do poema foram escritas por Guilherme de Lorris, por volta de 1230. Jean de Meun escreveu um acréscimo de 17.724 linhas por volta de 1275. A obra é ao mesmo tempo uma canção cortês, uma história de iniciação e um jogo literário empregando ilusões metáforas e outros recursos literários. O autor, que fala na primeira pessoa e incorpora L'Amant (o Amante) na história, viaja em um sonho para um lindo pomar habitado por Déduit (Lazer) e seus companheiros, Jeunesse (Juventude), Richesse (Riqueza), Liesse (Alegria) e Beauté (Beleza). Os ideais corteses personificados são os atores reais da fábula, que narra as aventuras do Amante que, tendo sucumbido às leis do Amor, o senhor todo-poderoso, deve evitar as armadilhas de Male Bouche (Boca suja), Dangiers (Perigo) e Jalousie (Ciúme) para conquistar sua amada, a Rosa. Cerca de 300 manuscritos do Roman de la Rose foram preservados em todo o mundo. Esta cópia pertenceu à biblioteca de Jean de Berry (1340-1416), o terceiro filho de D. João II, o Bom, um grande patrono das artes e um bibliófilo esclarecido. Pelo menos, duas mãos podem ser distinguidas nas pinturas. Uma, mais maneirista, exibe figuras com formas finas e delgadas, típicas do estilo gótico internacional, que foi mais proeminente em toda a Europa nesta época e que teve origem na corte parisiense.

fonte: https://www.wdl.org/pt/item/593/

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